Famoso Tagesschau excluiu “senhoras e senhores” da sua saudação. É uma questão de abordagem autêntica e acessível, justifica a ARD.
O Tagesschau é um dos espaços informativos mais conhecidos – e mais antigos – da televisão da Alemanha.
O jornal televisivo, que já começou em 1952, é emitido várias vezes por dia pela ARD, a emissora pública de rádio e televisão da Alemanha.
Agora, o jornal às 20h não começa com a saudação “senhoras e senhores”, como sempre começava. Foi o jornalista e pivot Constantin Schreiber a sublinhar essa mudança.
“Hoje foi a primeira vez para mim sem o “senhoras e senhores”. Em vez disso, agora é “Boa noite, bem-vindo ao Tagesschau!””, escreveu o jornalista no X.
Na mesma publicação, o pivot perguntou aos seus seguidores o que pensam desta mudança.
Já se acumularam mais de 3.000 comentários, no momento da publicação deste artigo.
O Die Welt resumiu as reacções e, como se esperava, há respostas muito distintas.
Há quem ache que isto é um “absurdo ideológico”, “estúpido” ou de “baixo nível”; ou um sinal da “espiral descendente” da Alemanha. “Nunca vejo o Tagesschau mas isso seria mais um motivo para não ver”, lê-se.
Por outro lado, há quem considere que esta transição é “muito boa” ou quem escreva: “Aqueles que são constantemente ofendidos podem respirar de alívio”, ou agora a saudação está mais “adequada ao nível de respeitabilidade do Tagesschau em 2024”.
Também há outro tipo de comentários: “Não quero saber”. Ou, noutro tom: “O seu fato não combina – que tal um hoodie e um boné de basebol?”.
Numa análise um pouco mais fundamentada, lê-se que aquelas saudações de “senhoras e senhores” são de outros tempos, outras sociedades: “Isto é bom. A sociedade é capaz de um maior desenvolvimento – que deve ser medido pela forma como trata as suas minorias. Deixar de fora a saudação binária não faz mal a ninguém”.
Em comunicado, a ARD explica que o Tagesschau baseia cada vez mais os textos dos seus oradores na palavra falada em vez da linguagem formal escrita. E isso também se aplica à saudação em cada emissão destas “notícias do dia”. Esta mudança baseia-se, entre outros aspectos, num inquérito qualitativo de audiência e “corresponde ao desejo de uma abordagem autêntica e acessível”.
A estupidez desta geração de abortos-vivos em a ação!