Joe Biden joga o seu futuro nas primárias da Carolina do Sul

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O ex-vice-Presidente dos EUA Joe Biden surge à frente nas sondagens para as primárias do Partido Democrata este sábado na Carolina do Sul, onde precisa de uma vitória para se manter na corrida à Casa Branca.

“Se me derem a vitória aqui, prometo-vos que serei eu o escolhido para derrotar Donald Trump” [atual Presidente dos EUA], disse esta semana Joe Biden, durante um comício em Columbia, na Carolina do Sul, onde o candidato espera tirar proveito da sua popularidade junta dos eleitores afro-americanos, em maioria nesta região.

Biden reconheceu que precisa da vitória neste estado da costa leste para se manter na corrida à Casa Branca, depois de o senador Bernie Sanders ter obtido uma confortável vantagem no número de delegados, ao conseguir o maior número de votos no ‘caucus’ de Iowa e ter vencido em New Hampshire e no Nevada.

Ainda há 13 candidatos no terreno, mas apenas sete participaram no mais recente debate televisivo, esta semana, na Carolina do Sul, que foi também o último antes da importante “super terça-feira”, quando, dia 3 de março, forem a votos 14 estados, definindo quase metade dos delegados que escolherão o candidato democrata que tentará derrotar o republicano Donald Trump em novembro.

O debate centrou-se em grande parte nos ataques a Bernie Sanders cuja posição de vantagem o tornou um alvo preferencial dos seus adversários internos, que o acusaram de defender posições muito radicais na sua campanha.

Nesta campanha na Carolina do Sul, um estado mais moderado e conservador, as declarações de Bernie Sanders a defender alguns aspetos do regime comunista cubano (elogiando o seu sistema de saúde e de educação) serviram para os restantes candidatos questionarem se o senador de Vermont será o mais eficaz adversário para Trump.

Um candidato que não estará nos boletins de voto na Carolina do Sul, mas que foi centro de atenções nas ações de campanha desta semana, é o milionário e ex-‘mayor’ de Nova Iorque Michael Bloomberg, que já gastou mais de 500 milhões de euros em anúncios televisivos, preparando a sua entrada na corrida na “super-terça-feira”.

Bloomberg foi por várias vezes criticado nas ações de campanha dos adversários, na Carolina do Sul, por causa da sua política policial quando esteve à frente da Câmara de Nova Iorque, onde usou estratégias consideradas discriminatórias para a população afro-americana.

O tema é particularmente sensível neste estado do sul dos EUA, onde Joe Biden procura tirar proveito da sua proximidade a Barack Obama, de quem foi vice-Presidente, para se afirmar junto da população afro-americana.

A senadora Elizabeth Warren e o ex-‘mayor’ Pete Buttigieg apostam também fortemente na Carolina do Sul, depois de terem conseguido bons resultados nas três primeiras eleições primárias, procurando permanecer no grupo de quatro candidatos com mais delegados na véspera dos importantes escrutínios da próxima terça-feira.

// Lusa

 

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