Investigadores da Universidade de Tóquio, no Japão, construíram uma máquina capaz de usar ultra-sons para transformar hologramas em imagens palpáveis.
A nova invenção, lançada no fim do mês passado, soma-se ao crescente número de protótipos “tele-hápticos” lançado em 2015.
Chamada “Haptoclone”, a nova máquina holográfica é composta por duas caixas. Uma das caixas contém um objecto, e a outra mostra um holograma desse objeto – o seu “clone”.
Se um utilizador coloca a mão na segunda caixa para interagir com o holograma, consegue sentir o objecto original, graças a pressões exercidas por radiação ultra-sónica emitida sobre a sua mão.
A sensação táctil é bastante realista.
Joon Ian Wong, repórter do Gizmodo, testou o dispositivo, e diz que a bola holográfica com a qual interagiu parecia feita de plástico insuflado.
Também Emiko Jozuka, repórter da Motherboard, testou o Haptoclone e interagiu com o holograma de uma mão humana. Josuka descreve uma sensação “borbulhante e estranha” a emanar dos seus dedos.
Por enquanto, a tecnologia ainda é limitada – só pode emitir um nível “seguro” de radiação ultra-sónica, o que significa que o grau de feedback táctil que pode simular está reduzido a algo como acariciar levemente um objecto.
Ainda não pode emular um aperto de mão ou um abraço forte, por exemplo.
Mas muito provavelmente daqui a uns anos estaremos a assistir a combates de boxe holográficos.