O Telescópio Espacial James Webb está completamente desdobrado, tendo os últimos procedimentos pertencido ao seu espelho dourado de 6,5 metros. Está assim pronto para as operações científicas.
Um esforço conjunto da NASA, da ESA (European Space Agency) e da CSA (Canadian Space Agency), a missão Webb irá explorar cada fase da histórica cósmica – desde o nosso Sistema Solar até às galáxias observáveis mais distantes no início do Universo.
“Hoje, a NASA alcançou outro marco de engenharia, décadas em construção. Embora a viagem do telescópio ainda não esteja completa, junto-me à equipa do Webb para respirar um pouco mais facilmente e imaginar as futuras descobertas destinadas a inspirar o mundo”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson.
“O Telescópio Espacial James Webb é uma missão sem precedentes que está no precipício de ver a luz das primeiras galáxias e de descobrir os mistérios do nosso Universo. Cada feito já alcançado e cada realização futura é um testemunho dos milhares de inovadores que injetaram as suas paixões nesta missão”, acrescentou.
As duas “asas” do espelho primário do Webb estavam dobradas para caber dentro do cone do nariz de um foguetão Ariane 5 antes do lançamento.
Após mais de uma semana de outros passos críticos, a equipa do Webb começou a desdobrar remotamente os segmentos hexagonais do espelho primário, o maior jamais lançado para o Espaço. Este foi um processo de vários dias, com o primeiro lado desdobrado dia 7 de janeiro e o segundo dia 8.
O maior e mais complexo telescópio espacial do mundo começará agora a mover os seus 18 segmentos do espelho primário para alinhar a ótica do telescópio. A equipa terrestre comandará 126 atuadores na parte de trás dos segmentos para flexionar cada espelho – um alinhamento que levará meses a completar. Depois, vai calibrar os instrumentos científicos antes de obter as primeiras imagens do Webb este verão.
“Estou muito orgulhoso da equipa – que abrange continentes e décadas – que realizou este grande feito que é o primeiro do género”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado para o Diretorado de Missões Científicas na sede da NASA em Washington.
“A implantação bem-sucedida do Webb exemplifica o melhor que a NASA tem para oferecer: a vontade de tentar coisas ousadas e desafiantes em nome de descobertas ainda desconhecidas.”
Em breve, o Webb também fará uma terceira queima de combustível para efeitos de correção de curso – uma das três planeadas para colocar o telescópio precisamente em órbita do segundo ponto de Lagrange, vulgarmente conhecido como L2, a cerca de 1,5 milhões de quilómetros da Terra.
Esta é a posição orbital final do Webb, onde o seu escudo solar irá protegê-lo da luz do Sol, da Terra e da Lua, o que poderá interferir com as observações no infravermelho.
O Webb está construído para recuar mais de 13,5 mil milhões de anos para captar a radiação infravermelha de objetos celestes, com muito maior resolução do que nunca, e para estudar o nosso próprio Sistema Solar, bem como mundos distantes.
“A conclusão bem-sucedida de todos os procedimentos de desdobramento do Telescópio Espacial Webb é histórica,” disse Gregory L. Robinson, diretor do programa Webb na sede da NASA. “Esta é a primeira vez que uma missão liderada pela NASA tenta completar uma sequência complexa de desdobrar um observatório no espaço – uma proeza notável para a nossa equipa, para a NASA e para o mundo.”
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