Mais de 2760 migrantes morreram em 2015 na tentativa de atravessar o mar Mediterrâneo, mais 500 que em igual período do ano passado, indicou hoje a Organização Internacional das Migrações.
Só nos primeiros quatro dias de setembro, quase 60 migrantes morreram a tentar alcançar as costas europeias.
Das 2760 vítimas, 2630 morreram na travessia iniciada nas costas da Líbia e da Tunísia, 150 na travessia entre a Turquia e a Grécia, e 25 no estreito de Gibraltar.
No total, em 2015 chegaram às costas europeias 378 343 pessoas, das quais 256 458 à Grécia, 119 619 a Itália, 2166 a Espanha e 100 a Malta.
Das pessoas que chegaram à Grécia, 88 204 iniciaram a viagem na Síria, 32 414 no Afeganistão, 9 713 na Albânia, 9 445 no Paquistão e 5 421 no Iraque.
Dos migrantes que alcançaram as costas italianas, 25 657 eram da Eritreia, 11 899 da Nigéria, 7538 da Somália, 5658 do Sudão e 5495 da Síria.
De entre os menores não acompanhados acolhidos nas costas italianas – única informação fornecida pela OIM – a maioria era da Eritreia, seguidos de sírios e somalis.
Num comunicado enviado à Renascença, a UNICEF alertou para o facto de haver cada vez mais mulheres e crianças entre os refugiados que tentam chegar à Europa, sobretudo os que atravessam a fronteira da República da Macedónia e da Sérvia.
“Entre 1 e 6 de Setembro foram registadas na fronteira da antiga República Jugoslava da Macedónia, em Gevgelija, perto de 10 000 pessoas vindas da Grécia, das quais 40% eram mulheres e crianças. No mesmo período, foi também registada a entrada de mais de 7720 pessoas na Sérvia através de Presevo”.
É provável que este número não seja real e que chegue mesmo a ser o dobro, já que muitas das famílias seguem caminho sem registo oficial.
ZAP / Lusa