Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, anunciou a sua saída do Labour devido aos resultados eleitorais que elegeram Boris Johnson para primeiro-ministro com uma vitória esmagadora. Para já, há quatro candidatos para substitui-lo.
A primeira política a candidatar-se foi Emily Thornberry, de 59 anos. Em declarações à emissora britânica BBC, a política disse que Corbyn trouxe o Partido Trabalhista “de volta a quem realmente somos” e ofereceu uma “clareza de visão que era incrivelmente atraente, mas que depois se perdeu”. “Eu acho que Jeremy foi dececionado por pessoas que o aconselharam mal e seguiram a sua própria agenda”, disse.
Agora, para Thornberry, depois do Brexit, as prioridades do partido seriam voltar às prioridades do Labour ao longo de mais de um século, ao ajudar idosos, habitação, desempregados e a aliviar a pobreza infantil.
Clive Lewis foi o segundo a candidatar-se a 19 de dezembro, uma semana depois das eleições do Reino Unido. O britânico candidatou-se com o compromisso de ir além de Jeremy Corbyn ao dar aos membros do partido uma opinião sobre a política e a seleção de parlamentares.
Lewis afirmou, de acordo com o jornal britânico The Guardian, que o Partido Trabalhista não conseguiu convencer as pessoas no seu coração que fez uma ruptura decisiva com a era de Tony Blair e Gordon Brown, apesar de ter mudado de política e de pessoal.
O político disse ainda que era possível voltar a trazer esperança e reformar o partido para dar aos ativistas uma participação real num movimento de mudança.
Também Jess Phillips, deputada de 38 anos, anunciou que é candidata a substituir Jeremy Corbyn como líder do Labour. É a deputada mais jovem a candidatar-se.
Anunciando a sua candidatura, Jess Phillips disse que “algo precisa mudar” e que resolveu avançar “porque é preciso mais honestidade na política“. Phillips reconheceu que a campanha “não será necessariamente uma luta fácil”, mas considera que os membros do Partido Trabalhista estão “prontos para tentar algo diferente”.
A deputada afirma que o Labour precisa de um líder que “fale a verdade” e seja capaz de enfrentar o primeiro-ministro Boris Johnson.
Também a deputada Lisa Nandy, de 40 anos, anunciou que será candidata. Numa carta publicada pelo Wigan Post, Nandy disse que pretende “devolver o Partido Trabalhista” aos eleitores que abandonaram o partido nos últimos tempos e que eram habitualmente parte das suas fileiras, isto é, a classe trabalhadora e média.
“Estou determinada a derrotar Boris Johnson, a fim de liderar um governo solidário, radical e dinâmico que acredito firmemente que os cidadãos desejam e merecem”, refere a deputada.
Apesar de haver quatro candidatos confirmados, recorda o Diário de Notícias, há uma série de deputados trabalhistas que ainda ponderam avançar, como são os casos de Keir Starmer, Rebecca Long-Bailey e Lisa Nandy.
