O Irão modificou drones usados pelos russos na guerra na Ucrânia para que fossem ainda mais destrutivos. Os drones foram usados para atacar infraestruturas essenciais do país.
O Irão admitiu, em novembro do ano passado, ter vendido drones à Rússia antes da guerra. A confirmação do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amirabdollahian, chegou após suspeitas de que os russos estariam a usar drones iranianos na Ucrânia.
Acredita-se que Teerão ainda esteja a vendê-los a Moscovo e, agora, com uma alteração ainda mais destrutiva.
O Irão parece estar a modificar os drones de ataque que está a fornecer à Rússia para que as ogivas que transportam possam infligir danos máximos em infraestruturas ucranianas, segundo um relatório da Conflict Armament Research, ao qual a CNN teve acesso.
O Irão deu à Rússia centenas de drones para utilizar na guerra na Ucrânia, que terão sido usados para atacar a rede elétrica e as instalações energéticas do país.
O relatório da organização britânica, que rastreia a origem das armas em zonas de conflito, revela a análise detalhada de um Shahed-131 que caiu em Odessa. A composição da ogiva não detonada ajuda a explicar a eficácia do ataque russo às infraestruturas energéticas ucranianas.
A CNN explica que as ogivas “foram modificadas apressadamente, com camadas mal ajustadas de dezenas de pequenos fragmentos de metal que, com o impacto, se espalharam por um grande raio”.
O drone tem ainda 18 “cargas” mais pequenas em torno da circunferência da ogiva capazes de perfurar armaduras e criar uma espécie de efeito explosivo de “360 graus”.
“É como se olhassem para a ogiva acabada e dissessem: ‘Como podemos tornar isto ainda mais destrutivo?'”, disse Damien Spleeters, um dos investigadores que examinaram a ogiva em colaboração com o exército ucraniano.
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