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IPO do Porto recebe terapia “revolucionária” para tratamento do cancro

O Instituto Português de Oncologia do Porto prepara-se para começar a fazer tratamentos com células CAR-T, uma nova técnica de combate a diferentes tipos de cancro do sangue, que é reconhecida como sendo “revolucionária”.

A notícia foi avançado pelo Jornal de Notícias, que dá conta de que o IPO do Porto já foi reconhecido pela farmacêutica Gilead, que descobriu este tratamento, para passar a oferecer este tratamento, que pode custar até 400 mil euros à unidade. De acordo com o mesmo jornal, os primeiros doentes devem começar a ser escolhidos em março.

A presidente do IPO do Porto referiu que a terapia CAR-T “é o pináculo das terapias personalizadas”. Esta técnica, que consiste na injeção de células manipuladas de forma a conseguirem detetar e matar células cancerígenas, foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos em agosto de 2018.

Espera-se agora pela luz verde da Direção Geral da Saúde. Esta resposta será “rápida”, garantiu ao Correio da Manhã Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, acrescentando que “na atual fase do processo estão a ser avaliadas várias questões”.

A terapia com células CAR-T permite, para já, o tratamento de tumores no sangue, como linfomas e leucemias, explica o oncologista Jorge Espírito Santo. O médico considera que a adoção desta terapia “é um passo importante e a esperança é que se possa estender ao tratamento de outros tumores”.

“É extraordinário por ser um tratamento controlado“, acrescenta Jorge Espírito Santo, que considera que a escolha de um IPO resulta de “estas unidades terem capacidade para a realização de outras terapêuticas”.

O recurso ao tratamento com células CAR-T será realizado apenas nos casos em que a quimioterapia ou o transplante de medula óssea tornam-se ineficazes no controlo da doença oncológica.

O cancro, também conhecido como neoplasia maligna, é um grupo de doenças que envolvem o crescimento celular anormal, com potencial para invadir e espalhar-se pelo corpo podendo levar à morte.

Houve 861 mortes por leucemia em 2017. A maior parte dos óbitos, num total de 57%, ocorre depois dos 75 anos de idade. As mortes por leucemia representam 0,8% dos óbitos observados no país.

ZAP //

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