Investigadores procuram veleiro afundado na Primeira Guerra Mundial ao largo de Sagres

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d.r. Augusto Salgado

Imagem captada pela câmara do ROV Luso, um veículo subaquático controlado remotamente, utilizado pela primeira vez na arqueologia portuguesa.

Imagem captada pela câmara do ROV Luso, um veículo subaquático controlado remotamente, utilizado pela primeira vez na arqueologia portuguesa.

Uma equipa do Centro de Investigação Naval da Marinha Portuguesa (CINAV) está a tentar localizar o veleiro italiano “Bienaimé Prof. Luigi”, afundado pelo submarino alemão U-35 ao largo de Sagres, em abril de 1917, em plena Primeira Guerra Mundial. 

Os trabalhos de arqueologia naval, que decorrem junto à costa algarvia, são coordenados pelo comandante Augusto Salgado e pelo historiador Jorge Russo e comparticipados em 15 mil euros pela Câmara de Vila do Bispo.

A vereadora com o pelouro da Cultura, Rute Silva, disse à agência Lusa que a comparticipação financeira é justificada “com a importância que os trabalhos representam, porque está a ser feito o registo arqueológico subaquático”.

“A localização do veleiro italiano e a sinalização de vários navios e aviões afundados junto a Sagres permitirão catalogar e elaborar um roteiro com o objetivo de colocar a zona costeira nos mapas da primeira Guerra Mundial e promover o turismo de mergulho no concelho”, acrescentou Rute Silva.

A viagem do veleiro italiano entre o Reino Unido e Génova (Itália) terminou no mar de Sagres, em 24 de abril de 1917, sendo um dos quatro navios afundados naquele dia pelo submarino alemão na costa portuguesa.

De acordo com os historiadores, o U-35, um submarino imperial alemão comandado por Lothar von Arnauld de la Perière, já tinha afundado os navios Nordsöen, Torvore e Vilhelm Krag.

d.p. Eberhard Möller / Wikimedia

O submarino imperial alemão U-35, comandado por Lothar von Arnauld de la Perière, já tinha afundado os navios Nordsöen, Torvore e Vilhelm Krag quando afundou o Bienaimé Prof. Luigi ao largo de Sagres

O submarino imperial alemão U-35, comandado por Lothar von Arnauld de la Perière, já tinha afundado os navios Nordsöen, Torvore e Vilhelm Krag quando afundou o Bienaimé Prof. Luigi ao largo de Sagres

O historiador Paulo Costa relacionou alguns destroços encontrados no mar de Sagres com os dos navios, mas essa relação ainda não foi comprovada.

O veleiro italiano continua com paradeiro desconhecido, indicando o diário de bordo do submarino alemão U-35 o seu afundamento numa posição a grande profundidade.

A 28 de maio, resultou infrutífera uma tentativa dos investigadores para localizar o navio a mais de 650 metros de profundidade, apesar de terem sido utilizados sondadores multifeixe e o ROV Luso, um veículo subaquático controlado remotamente, utilizado pela primeira vez na arqueologia portuguesa.

Está previsto que os trabalhos para localizar os destroços do “Bienaimé Prof. Luigi” decorram até domingo.

/Lusa

2 Comments

  1. È assim ques e estraga o dinheiro a portugal. Deram 15.000 euros a um “comandante” la da laia deles do partido da camara.E dividiram pelos amigos.

    Ora o achado nao pode servir de turismo, pois encontra-se a 650 metros de profundidade mais ou menos, ninguem mergulha a essa profundidade.

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