Investigadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método, ainda em fase experimental, que usa nanopartículas para fazer um diagnóstico mais rápido da leucemia.
Em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira (23), o investigador Valtencir Zucolotto, coordenador do Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia da USP, disse que “um dos principais obstáculos no atendimento sanitário no Brasil é o diagnóstico”, mas que com “estratégias para que seja mais rápido e mais barato” muitas vidas poderiam ser salvas.
A leucemia é o cancro mais difícil de localizar, uma vez que, em vez de se formar um tumor sólido, as células cancerígenas ficam em circulação. Assim, o processo de detecção é mais longo e implica o recurso a uma série de componentes nos laboratórios, que representam custos elevados.
Segundo Valtencir Zucolotto, o método desenvolvido na USP poderia ser uma alternativa para um diagnóstico rápido em pacientes com sintomas da doença, “uma primeira abordagem para ver se há necessidade de fazer exames mais completos”.
Apesar de a pesquisa poder significar um grande avanço na luta contra a leucemia, o estudo continua apenas confinado ao laboratório e os investigadores procuram apoio para transformá-lo numa “opção real de diagnóstico”.
MA / Lusa