Centros de saúde recebem instruções para remarcar consultas não urgentes

Rammn de la Rocha / EPA

Há centros de saúde que estão a receber indicações para dar prioridade a doentes agudos ou crónicos não controlados, à saúde materna, vacinação e saúde infantil com indicação de imunização.

Segundo o Jornal de Notícias, no topo das prioridades estão a vacinação contra a covid-19, o acompanhamento de pessoas infetadas e o atendimento nas áreas respiratórias (ADR), mas há centros de saúde a receber instruções para remarcar atividade programada não urgente. Em causa estão os doentes agudos ou crónicos não controlados, saúde materna, a vacinação e a saúde infantil com indicação de imunização.

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, por exemplo, definiu como prioritárias a vacinação, o Trace-Covid, os rastreios e os inquéritos epidemiológicos e o atendimento de doença aguda mediante patologia. Assim sendo, “os serviços (…) devem ser reestruturados” e analisada “a possibilidade de adiamento de algumas situações de vigilância controlada”.

Nos cuidados de saúde não urgentes propostos para remarcação estão os doentes crónicos controlados, a saúde infantil, os rastreios oncológicos (colo do útero e color-retal) e exames gerais, adianta o mesmo jornal.

Estas prioridades também chegaram a Agrupamentos de Centros de Saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo. A atualização do plano de contingência dá prioridade à vacinação contra a covid-19 e atendimentos ADR e complementar.

Mas também define serviços mínimos na saúde infantil coincidindo com o ato de vacinação, saúde materna, interrupção voluntária da gravidez, consultas de doença aguda e de doenças crónicas não controladas, vacinação e tratamentos.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo, porém, diz não ter dado “qualquer indicação” para parar a atividade programada e que as unidades continuam “a organizar o seu trabalho com base na conciliação da atividade covid e não covid”.

Em declarações ao JN, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, fala, por sua vez, numa “orientação global, do Ministério da Saúde, para acabar com a atividade programada não urgente nos centros de saúde”.

“Em vez de estarmos a aumentar a capacidade para ver diabéticos, hipertensos e criar condições de vigilância, há ordens diretas para diminuir a atividade. Não tendo resposta nos centros de saúde, aumenta a pressão nos serviços de urgência. Vai ser uma calamidade”, declarou o responsável.

ZAP //

 

 

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.