Doentes “em estado grave” começam a ser retirados de Ghouta Oriental para Damasco

Mohammed Badra / EPA

Trabalhadores humanitários iniciaram a retirada de doentes de Ghouta Oriental, anunciou, esta quarta-feira, o Comité Internacional da Cruz Vermelha, após meses de espera em que morreram pelo menos 16 pessoas, segundo a ONU.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) começou, na noite desta terça-feira, a retirar os doentes em estado grave de Ghouta Oriental, um subúrbio da capital da Síria que está sitiado pelas forças do Presidente Bashar al-Assad há quatro anos.

O anúncio foi feito no Twitter, no qual o ICRC explicou que as pessoas estão a ser transportadas para Damasco. “Esta noite, o Crescente Vermelho e a equipa do ICRC começaram a evacuar os casos médicos críticos de Ghouta Oriental para Damasco”, referiu a organização.

Fotografias que acompanhavam os comentários no Twitter mostravam várias ambulâncias prontas a retirar os doentes em estado crítico.

Outra organização humanitária, a Syrian American Medical Society, afirmou que a retirada de pessoas correspondia a “29 casos críticos, cuja retirada médica para Damasco já tinha sido aprovada”. São perto de 400 mil as pessoas que estão sitiadas em Ghouta, tendo sido reportados casos de desnutrição entre os habitantes, metade dos quais são crianças.

Há várias semanas, a ONU pedia poder para retirar de Ghouta cerca de 500 doentes. Pelo menos 16 morreram, disse à imprensa, esta quinta-feira em Genebra, o chefe do grupo de trabalho humanitário da ONU para a Síria, Jan Egeland. Entre os 16 mortos estava um bebé de nove meses por desnutrição.

ZAP // Lusa

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