Infarmed garante que não vão faltar testes. Lisboa vai continuar a comparticipá-los em 2022

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A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) adiantou esta segunda-feira ter recebido a confirmação da existência de stock de vários tipos de testes de Covid-19 no mercado e a disponibilidade para aquisição de mais, em caso de necessidade.

A garantia foi manifestada numa reunião entre o Infarmed e as várias associações do setor para analisar a disponibilidade de testes no mercado nacional, que permitiu confirmar a “sua existência em stock”, assim como a “disponibilidade para adquirirem quantidades superiores tanto de testes rápidos de antigénio (TRAg), como de autotestes, caso exista necessidade”, adiantou o regulador em comunicado.

Segundo o Infarmed, o reforço da testagem para controlo da pandemia “está na origem do aumento na procura” de autotestes e de TRAg, o que exige uma “rápida adaptação a esta nova realidade”.

“A resposta das associações foi positiva, tendo sido manifestada a disponibilidade para dar resposta a eventuais constrangimentos que possam existir no acesso aos vários tipos de testes disponíveis no mercado nacional”, assegurou o Infarmed.

Um total de 1.040 farmácias estão registadas para realizar testes gratuitos de uso profissional para despiste do coronavírus, assim como 454 laboratórios que também aderiram a este regime excecional e temporário de comparticipação.

O Governo voltou a comparticipar a realização de testes TRAg, uma medida que abrange toda a população e que se estende até 31 de dezembro, prazo que pode ser prorrogado.

O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a Covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de Covid-19 e dos internamentos.

No acesso a lares e nas visitas a utentes em estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a Covid-19.

Lisboa vai prolongar comparticipação de testes

No próximo ano vai continuar a ser possível realizar testes gratuitos à covid-19 nas farmácias que assinarem protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa. “A nossa ideia é que continuem a ser disponibilizados na cidade de Lisboa”, disse ao Expresso o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia.

O mesmo acontecerá com os centros de testagem que realizam testes gratuitos na capital com base nos mesmos protocolos.

Atualmente, há 11 centros de testagem em Lisboa: Martim Moniz, Restauradores, Campo Pequeno, Belém, Praça Luís de Camões, Santos, Príncipe Real e dois no Cais do Sodré e no Parque das Nações.

A Câmara Municipal de Lisboa também decidiu alargar o horário dos centros — das 20h00 às 00h00. Nos dias 24 e 31 de dezembro, todos os postos vão funcionar das 9h00 às 16h00; enquanto nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro estarão encerrados.

Em contrapartida, há agora um limite à realização de testes comparticipados. É permitida a realização de testes gratuitos à covid-19 de três em três dias.

Ao Expresso, Filipe Anacoreta Correia nega que a decisão se prenda com questões orçamentais: “O que ditou isto não foi uma visão orçamental. E também não foi uma opção da Câmara. A decisão tem que ver com a necessidade de moderar a oferta para que se possa chegar a mais pessoas”.

Antes de usufruírem dos testes grátis comparticipados pela autarquia, as pessoas devem primeiro realizar os quatros testes rápidos de antigénio que o SNS comparticipa por mês.

ZAP // Lusa

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