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Infarmed abre inquérito a esquema de importação ilegal de vacinas da gripe

USACE Europe District / Flickr

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A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) abriu um inquérito ao nível nacional para averiguar um esquema de importação ilegal de vacinas da gripe desde Espanha, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Saúde (MS).

A mesma fonte disse que o esquema foi detetado pelas autoridades após as buscas realizadas no âmbito da operação “Consulta Vicentina”, liderada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e Polícia Judiciária e inserida no combate à fraude com receituário do Serviço Nacional de Saúde no passado dia 08 de janeiro, tendo sido aberto um inquérito na semana passada.

Fonte do Ministério disse ainda que o Infarmed vai avançar com uma ação ao nível nacional para averiguar outros casos semelhantes.

Contactada pela Lusa, a Procuradoria-Geral da República disse que todas as investigações relacionadas com fraude no Serviço Nacional de Saúde encontram-se em segredo de justiça.

O Diário Económico adianta na sua edição de hoje que o esquema foi detetado no âmbito da “Consulta Vicentina”, numa altura em que as farmácias nacionais esgotaram os seus “stock”.

De acordo com o jornal, a importação das vacinas da gripe pode trazer prejuízos para a saúde pública, uma vez que o transporte terá sido realizado sem as medidas de segurança (transportadas sob refrigeração).

A operação “Consulta Vicentina” levou a 8 de janeiro à detenção de dez médicos e farmacêuticos, quatro mulheres e seis homens, entre os quais uma médica estrangeira.

A ação de fiscalização conjunta entre a Polícia Judiciária, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e o Infarmed decorreu na zona de Lisboa e do Algarve, tendo sido feitas buscas a farmácias e unidades do SNS.

De acordo com o DCIAP, foram realizadas 33 buscas, entre domiciliárias, não domiciliárias e a consultórios médicos, e foi apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação.

Também foram constituídas arguidas outras pessoas singulares e coletivas.

A mesma fonte não soube precisar o montante da fraude, referindo apenas que é bastante elevado.

/Lusa

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