O cenário está complicado. É o dia mais trágico do ano, no que diz respeito a incêndios em Portugal. Aveiro acumula ocorrências.
Esta segunda-feira, 16 de Setembro, está claramente a ser o dia mais complicado do ano em Portugal, no que diz respeito a incêndios.
O presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal, António Nunes, até comparou este dia à sensação que se sentiu no dia 15 de Outubro de 2017, um domingo trágico no país, quando morreram 50 pessoas.
Há fogos espalhados pelo país, sobretudo na zona centro. O distrito Aveiro, sobretudo Oliveira de Azeméis, é a zona mais preocupante. Só neste distrito havia cinco grandes incêndios, com mais de 1.200 operacionais no terreno.
Pelo menos uma pessoa morreu carbonizado nesta segunda-feira, no incêndio de Albergaria-a-Velha; estava a tentar recuperar alguma maquinaria que estava na zona do fogo. Há pelo menos um ferido grave em Sever do Vouga, ambos no distrito de Aveiro.
Mas o céu tornou-se mais escuro, ou mais laranja, noutras zonas do país. No Norte, por exemplo, Porto e arredores ficaram claramente diferentes, quer no aspecto, na temperatura, e no ar que se respira nas ruas.
Também na zona do Porto, a Ponte do Freixo foi cortada para quem segue para Gaia pela A20 (Avintes). Ficou como alternativa a A44 (Oliveira do Douro).
Em Gondomar, três casas ficaram a arder. Em Cabeceiras de Basto, uma casa foi consumida pelas chamas e outras estavam sob ameaça real. Duas aldeias de Penalva do Castelo estavam ameaçadas pelas chamas.
O vento não foi ajudando e cortou outras estradas principais: A1, A25, A29 ou A43, além da IC2, e estradas nacionais em Aveiro e em Viseu.
A Rede Expressos suspendeu viagens Lisboa-Porto e Lisboa-Bragança. A Flixbus deixou de ter autocarros a circular nas zonas de Porto e Aveiro. Quase 100 viagens canceladas nas últimas horas.
Portugal vai receber quatro meios aéreos, de França e Espanha, para combater os incêndios que lavram no país, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem estado a “supervisionar a coordenação do combate aos incêndios”, mantendo contactos com os líderes da União Europeia; e cancelou a agenda que tinha prevista para hoje e terça-feira.
Oferece-se 6 helicópteros (pagos!) Kamov de combate a incêndios à Ucrânia e agora dizem que não tem meios aéreos de combate a incêndios suficientes, sendo necessário recorrer a ajuda externa… É triste como a Europa e os seus países membros estão lentamente a destruírem-se com o seu apoio à Ucrânia… Gostava de ver o mesmo esforço que fazem para fornecerem material militar aplicado a conversações com a Rússia para terminar o conflito que já dura há muito tempo e que apenas está a beneficiar os EUA e China…