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Incêndio “devastador” na Madeira chegou ao Curral das Freiras (cujo acesso é muito difícil)

Homem de Gouveia / LUSA

O incêndio que teve origem na Serra de Água, concelho da Ribeira Brava na quarta feira pela manhã, contínua ativo e em progressão trilhando maioritariamente o maciço central da ilha estando de momento a ocupar partes da freguesia do Jardim da Serra, no concelho de Câmara de Lobos.

Mais de 50 residentes retirados. Combate ao incêndio “tem sido especialmente difícil devido à progressão do fogo em áreas de difícil acesso terrestre”. “O fogo estava muito intenso, com labaredas enormes”.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira na Ribeira Brava, na Madeira, alcançou a freguesia do Curral das Freiras e obrigou à retirada de residentes, estando a ser combatido por 56 operacionais, apoiados por 18 viaturas e um meio aéreo.

“O fogo estava muito intenso, com labaredas enormes”, disse à Renascença o presidente de Câmara dos Lobos Leonel Silva.

As chamas avançam em duas frentes: uma em Curral das Freiras, outra na freguesia de Jardim da Serra. São várias as pessoas que se deslocam ao Miradouro da Eira do Serrado para ver o cenário “devastador”.

“No Curral das Freiras, o incêndio já se espalhou por toda a encosta, colocando em risco as áreas de Seara Velha e Terra Chã de Cima, tendo o evoluir do incêndio nesta freguesia originado a evacuação de residentes das suas habitações por segurança e precaução, desencadeada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Câmara de Lobos”, avança a Proteção Civil.

Já no concelho de Câmara de Lobos, o fogo está “ramificado entre as localidades do Jardim da Serra e Curral das Freiras”, sendo que, no Jardim da Serra, “as chamas aproximam-se de zona habitacional, apesar de ainda não haver residências em perigo”.

De acordo com a última atualização divulgada às 10h15 pelo Serviço Regional da Proteção Civil da Madeira, o combate ao incêndio “tem sido especialmente difícil devido à progressão do fogo em áreas de difícil acesso terrestre”.

“Não estão reunidas as condições mínimas para operar o helicóptero. Primeiro, porque está imenso fumo. Segundo, porque está um vento muito forte. Não estão reunidas as condições de todo, lamentavelmente, para que o meio aéreo possa intervir e dar apoio aos meios que estão no terreno”, explicou o autarca.

Governo da República oferece ajuda

O Governo da República contactou o presidente do executivo madeirense a oferecer apoio no combate aos incêndios na Madeira, mas Miguel Albuquerque transmitiu que os meios no terreno são suficientes nesta altura, disse à Lusa fonte governamental.

“O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, contactou o presidente do Governo Regional no sentido de apoiar no combate aos incêndios”, disse à agência Lusa fonte do gabinete de Miguel Albuquerque. “De momento, não é necessário”, reforçou.

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