Imprensa oficial norte-coreana diz que autópsia de Kim Jong-nam é “ilegal e imoral”

Yonhap / EPA

Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

A imprensa oficial de Pyongyang acusou esta quarta-feira a Malásia de realizar uma autópsia “ilegal e imoral” a Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, quebrando o silêncio de dez dias desde o assassínio.

“A Malásia é obrigada a entregar o seu corpo à DPRK [Coreia do Norte], já que fez uma autópsia e exames forenses de forma ilegal e imoral”, afirmou o Comité de Juristas da Coreia do Norte, num comentário divulgado pela agência KCNA.

A Malásia não libertou o corpo “sob o pretexto absurdo” de que precisa de amostras de ADN da família do homem.

“Isto prova que o lado malaio vai politizar a transferência do corpo, em absoluto desrespeito pela lei internacional e pela moralidade e assim obter um objetivo sinistro”, afirmou.

A Coreia do Sul disse no domingo que Seul tem a certeza de que o homem morto é Kim Jong-nam e que a investigação malaia mostra que Pyongyang esteve por detrás do assassínio.

O comunicado da Coreia do Norte – a primeira menção da morte na imprensa oficial – repetiu a exigência da Pyongyang para a realização de uma investigação conjunta, sublinhando que o país está pronto para enviar uma delegação de juristas.

A polícia malaia suspeita de cinco norte-coreanos por envolvimento no assassínio, que aconteceu no aeroporto de Kuala Lumpur, e informou que procura outros três para serem questionados.

ZAP // Lusa

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