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Nova imagem pode ajudar a explicar o estranho centro “cremoso” da Via Láctea

NASA / SOFIA / JPL-Caltech / ESA / Herschel

Luz infravermelha proveniente de redemoinhos de gás e poeira no centro da Via Láctea

Uma nova imagem incrivelmente detalhada do centro da Via Láctea pode ajudar a explicar um dos mistérios mais duradouros da nossa galáxia: o motivo pelo qual o seu “coração” está a perder estrelas.

Graças ao Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA) temos agora uma nova imagem ainda mais nítida e detalhada do centro da nossa galáxia. A NASA divulgou a imagem tirada no espectro infravermelho, abrangendo uma distância de mais de 600 anos-luz e mostrando, em alta resolução, mais detalhes dos redemoinhos de gás e poeira que existem no coração da Via Láctea.

Esta imagem abre portas a pesquisas futuras sobre o processo de formação de estrelas massivas, assim como sobre o que alimenta o buraco negro supermassivo Sagittarius A*.

O SOFIA é o maior observatório aéreo do mundo, que voa no alto da atmosfera num Boeing 747 modificado. O observatório conta conta com uma a câmara infravermelha FORCAST, a responsável por esta nova imagem.

Esta câmara é capaz de observar a galáxia em comprimentos de onda de luz que outros tipos de telescópios não são capazes, justamente por analisar a parte infravermelha do espectro eletromagnético – ou seja, o observatório consegue “ver” através das nuvens de gás e poeira.

As densas nuvens de gás e poeira no centro da galáxia são áreas onde nascem novas estrelas. No entanto, no centro da Via Láctea, há 10 vezes menos estrelas do que o esperado. Por esse motivo é que se torna tão importante entender o que acontece no centro da galáxia – e a observação infravermelha é uma mais-valia.

De acordo com o CanalTech, estes novos dados podem ajudar a compreender como se formaram algumas das estrelas mais massivas da nossa galáxia, uma vez que estão demasiado próximas umas das outras naquela que é uma região relativamente pequena.

Além disso, compreender como acontece o nascimento destas estrelas fornece-nos informações que podem ajudar os cientistas a aprender mais sobre outras galáxias distantes, esclareceu ainda Matthew Hankins, investigador no Instituto de Tecnologia da Califórnia.

Em relação a esta nova imagem, os investigadores têm agora em mãos ainda mais informações sobre o material que alimenta o anel em torno do buraco negro supermassivo Sagittarius A*. Este anel tem cerca de 10 anos-luz e tem um papel fundamental na aproximação da matéria ao buraco negro, onde é, por fim, devorada.

ZAP //

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