A ilha de Tsushima, no sul do Japão, deverá começar a testar até final deste mês, a viabilidade de uma barreira flutuante no mar para eliminar garrafas, sacos e outros resíduos plásticos presentes nas costas do arquipélago.
De acordo com um funcionário local, a decisão final deverá ser tomada em fevereiro, depois de as autoridades obterem a “luz verde” de pescadores e habitantes.
A experiência-piloto conta com a participação da Ocean Cleanup Foundation, organização holandesa fundada por Boyan Slat, que em 2011, com 16 anos, inventou um sistema de recolha de plásticos para salvar os oceanos dos plásticos flutuantes“.
A Ocean Cleanup Foundation espera conseguir instalar em Tsushima a sua plataforma, constituída um sistema de barreira flutuantes, no segundo trimestre de 2016.
O número plásticos que poluem os oceanos foi avaliado em 5.250 milhões de detritos .
A ideia é instalar uma plataforma e barreiras flutuantes ao largo da ilha de Tsushima, situada entre o Japão e a Coreia do Sul, e recuperar os detritos graças às correntes marinhas.
O sistema está construído para ser instalado a dois quilómetros de distância, sendo a maior estrutura flutuante alguma vez instalada no mar, afirmou a fundação holandesa no seu ‘site’.
A instalação das barreiras ao largo de Tsushima vai permitir à Ocean Cleanup Foundation estudar a sua “eficácia e durabilidade”.
Se o teste for um êxito, vai constituir uma importante etapa para o projeto de limpeza do oceano Pacífico, através da colocação de uma estrutura semelhante – com 100 quilómetros de comprimento – entre o Havai e a Califórnia (costa oriental dos Estados Unidos).
Constituída por barreiras – e não redes -, sob as quais podem circular peixes, o dispositivo não representa qualquer ameaça para a fauna marinha, de acordo com a fundação.
Tal como outras ilhas do arquipélago japonês, Tsushima recebe toneladas de lixo de toda a espécie nas suas costas e gasta, todos os anos, milhares de euros em limpezas.
“Conseguimos apanhar o lixo em zonas de pesca, em locais turísticos e nas praias, mas nem todos os sítios têm acesso fácil. Era preferível conseguir travar e apanhar o lixo no mar”, disse Takahito Abiru, um funcionário do departamento de ambiente de Tsushima.
/Lusa