A Ilha dos Faisões volta a ser espanhola (mas só por seis meses)

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Zarateman / Wikimedia

Ilha dos Faisões

A Ilha dos Faisões, ou Ilha da Conferência, é um caso único no mundo de um território que é dividido por dois países – a cada seis meses, Espanha e França trocam a soberania sobre o território.

Neste sábado, 1 de Fevereiro, é a Espanha que passa a administrar a Ilha dos Faisões, mas só até 31 de Julho deste ano. De 1 de Agosto a 31 de Janeiro de 2026 passará a ser francesa, e assim sucessivamente.

Situada entre Hendaia, comuna francesa nos Pirenéus Atlânticos, e Irun, no País Basco espanhol, o pequeno pedaço de terra desabitado é o único território do mundo que muda de país a cada seis meses.

A ilha fluvial localiza-se perto da foz do rio Bidasoa e só tem 130 metros de comprimento e 15 metros de largura, sendo administrada em condomínio por França e Espanha.

Tudo começou com o Tratado dos Pirenéus assinado em 1659, depois de várias reuniões – daí o nome Ilha de Conferência – que puseram fim à chamada “Guerra dos 30 anos” entre Espanha e França, e ao conflito de décadas entre os Habsburgos e os Bourbons, duas das dinastias mais influentes e poderosas da Europa.

O acordo concluiu-se com o casamento entre a Infanta de Espanha, Maria Teresa da Áustria, e o Rei francês Luís XIV.

Mas só com o Tratado de Bayonne, assinado em 1856, é que ficou definida a soberania conjunta sobre o território que se mantém até aos dias de hoje.

O acesso à ilha é interdito e só os funcionários municipais de Hendaia e Irun que asseguram a sua manutenção, lá podem entrar.

As autoridades oficiais visitam a ilha a cada seis meses, no âmbito das cerimónias da troca de soberania com a presença de militares e de representantes dos dois países.

Importa ainda dizer que apesar do nome, não há sinais de faisões na ilha. O nome terá resultado de uma má tradução.

Originalmente, a ilha era conhecida como “Pausoa“, que significa “passagem” ou “passo” em basco.

Mas, com o tempo, o nome foi traduzido para “Paysans” em francês, que depois se transformou em “Faisans”, ou seja, faisões.

ZAP //

2 Comments

  1. ILHA dos FAISÕES – Um troca-troca centenário a cada seis meses. Acordo é Acordo e se respeita-se fielmente. Muito legal. PORTUGAL é que não tem esse acordo de soberania em OLIVENÇA , a entrega nunca foi legalizada pela Espanha usurpadora, apesar de TRATADOS , que lhe dão o DIREITO DE POSSE E olhe! que OLIVENÇA sempre foi PORTUGAL , Nossa “terrinha” é muito maltratada pela vizinhança , não bastasse a maldita INVASÃO NAPOLEÔNICA em 1808, quando nossa Monarquia saiu às pressas, fugindo para o BRASIL É o que PENSA joaoluizgondimaguiargondim _ jlg21,com@>>>>

  2. IBERIA DESVAIRADA – Não bastasse os quase oitocentos anos da invasão moura , onde portugueses e espanhóis tivessem os seus territórios ocupados ; ditaduras e tiranos truculentos ; freiras se rebelando-se com a autoridade do Vaticano por atitudes inconvenientes , Monarca abdicando por envolvimento em escândalo financeiro – quantia volumosa – que abalou toda sociedade madrilenha ; e tudo mais , ainda temos cenas de humor patriótico : o troca-troca de governo, a cada seis meses na ILHA DOS FAISÕES – ESPANHA E FRANÇA se revezam a cada seis meses na autoridade da pequeníssima ilha , mais conhecida por ilha dos FAISÕES , aves que nem são conhecidas pelos moradores da Região. E olhem, que , a pequeníssima ANDORRA possui m “carma” de ser governada por dois países ESPANHA e FRANÇA Do lado Francês atualmente o Presidente EMMANOEL MACRON e do lado Espanhol , Excelência Reverendíssima JOAN ENRIC VIVES I SICÍLIA , bispo de URGEL E se pesquisarmos mais a fundo , encontraremos a valente OLIVENÇA , até hoje não lhe foi dado o direito voltar aos braços do grande CONQUISTADOR PORTUGAL , direto que nunca foi respeitado, nem com Acordos e Tratados assinados É que neste momento pensa um filho de um m lusitano de NUMÃO Joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]

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