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Expedição às Galápagos revela que iguana-rosa está à beira da extinção

Atualmente, existem apenas 211 iguanas-rosa em todo o mundo, alerta uma nova pesquisa realizada nas Ilhas Galápagos.

Vários especialistas e guardas-florestais da Galápagos Conservancy e do Galápagos National Park Directorate (GNPD) uniram-se para contabilizar as iguanas-rosas existentes – que só são encontradas numa área de 25 quilómetros quadrados nas encostas norte do vulcão Wolf em Ilha Isabela, a maior das Galápagos. As descobertas fazem com que a espécie seja classificada como em perigo crítico.

As iguanas-rosa – Conolophus marthae – foram descobertas pela primeira vez em 1986 e declaradas uma espécie independente em 2009.

Antes da nova pesquisa, os especialistas calculavam que a população desta espécie andasse em torno dos 300 a 350 animais.

“Durante a pesquisa, 53 iguanas foram localizadas e [temporariamente] capturadas, sendo que 94% das quais vivem a mais de 1.500 metros acima do nível do mar”, referiu o Parque Nacional de Galápagos (PNG) em comunicado. Isso permitiu que os números atuais da população fossem estimados em 211.

A equipa deparou-se ainda com um problema que está a causar uma grande preocupação: não foi encontrada nenhuma iguana-rosa jovem durante a expedição de 10 dias.

Os últimos elementos jovens desta espécie foram vistos em 2014, segundo a Galápagos Conservancy. Este facto pode indicar que pragas introduzidas por roedores e gatos selvagens estão a alimentar-se destes animais.

Perante o que foi observado, o Parque Nacional de Galápagos criou agora um novo plano de conservação para garantir a sobrevivência das iguanas-rosa, o que inclui uma base de monitorização permanente no cume do vulcão Wolf e um programa de controlo sistemático para espécies introduzidas, que irá avaliar o risco de não animais-alvo também.

“Estar restrito a um único local torna a espécie mais vulnerável, considerada pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) como criticamente ameaçada e, portanto, são necessárias muitas ações urgentes para garantir a sua conservação”, disse Washington Tapia, Diretor de Conservação do Galápagos Conservancy.

A equipa colocou armadilhas fotográficas perto do cume, que são acionadas por movimentos. Este método irá ajudar os cientistas a perceber mais sobre o comportamento dessas criaturas raras e sobre as suas possíveis ameaças.

As Ilhas Galápagos são famosas por abrigar uma grande quantidade de espécies incomuns. O arquipélago, Património Mundial da UNESCO, é formado por 19 ilhas localizadas a cerca de 1.000 quilómetros da costa do Equador, o que significa que muitas criaturas evoluíram separadamente longe de outras espécies, escreve o IFL Science.

ZAP //

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