Já é possível identificar quem quer “roubar” o seu parceiro

A pesquisa identificou os traços de personalidade mais comuns nestes “ladrões” de parceiros e notou algumas diferenças entre os sexos.

É uma história que já inspirou inúmeras canções, livros e filmes. Um novo estudo publicado na Journal of Sex Research identificou os sinais e os traços de personalidade a pessoas que se metem no meio de um casal e querem “roubar” um dos parceiros.

A pesquisa recrutou 187 casais heterossexuais e caucasianos na Croácia. Todos os casais estavam casados, numa relação ou a viver juntos há períodos que variam entre os seis meses e os 18 anos, relata o PsyPost.

Os participantes preencheram questionários que avaliaram os seus traços de personalidade, incluindo os Cinco Grandes – extroversão, amabilidade, abertura, consciência e neuroticismo – e a tríade negra – narcisismo, maquiavelismo e psicopatia. Outro questionário mediu as tendências para “roubar” o parcceiro de alguém a curto-prazo.

Os resultados mostraram que ter níveis baixos de consciência e de amabilidade e altos de maquiavelismo e de psicopatia estão associados com as tentativas de “roubar” os parceiros de alguém, no caso dos homens. Isto comprova a hipótese de que os indivíduos maquiavélicos são egoístas e manipuladores.

Já as mulheres que se metem com pessoas comprometidas têm níveis mais altos de extraversão, abertura e psicopatia. Isto mostra que há diferenças entre os géneros nas características precisas para que alguém queira roubar o parceiro de outra pessoa, o que reflete as diferenças nas estratégias sexuais entre homens e mulheres.

“Maior psicopatia e maquiavelismo, especialmente nos homens, provaram ser os mais importantes preditores de tentativas de “roubos” em homens e mulheres. Ao contrário da nossa expectativa, a partir dos traços de personalidade analisados, o narcisismo não demonstrou nenhum efeito consistente nas experiências de “roubo” de parceiros”, escrevem os autores.

Os traços de personalidade dos homens também foram mais importantes para as mulheres do que os traços das mulheres foram para os homens. Os homens com menos amabilidade e mais neuroticismo afetaram a perceção das mulheres de serem um alvo destres “ladrões” de parceiros.

Por esta razão, as mesmas características que tornam os homens bem-sucedidos nestes “roubos” também os tornam mais vulneráveis a ter as suas parceiras “roubadas” por outros.

Os investigadores sublinham ainda algumas limitações que podem influenciar os resultados da pesquisa, como a falta de diversidade da amostra, que só incluiu casais heterossexuais, brancos e croatas.

ZAP //

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