Bodnar, C., Bruinsma, W.P., Lucic, A. et al.
Previsões mais rápidas, mais precisas e mais económicas para áreas críticas como a qualidade do ar, as ondas do mar e os fenómenos meteorológicos extremos. Chegou Aurora.
O novo modelo de IA Aurora é treinado com mais de um milhão de horas de dados do sistema terrestre, avança a SciTechDaily. Consiste num modelo de previsão de condições meteorológicas extremas, bem como de qualidade do ar ou ondas do mar.
“O Aurora utiliza técnicas de aprendizagem automática de última geração para fornecer previsões superiores para os principais sistemas ambientais — qualidade do ar, meteorologia, ondas oceânicas e ciclones tropicais“, explica Max Welling, especialista em aprendizagem automática da Universidade de Amesterdão e um dos investigadores por detrás do modelo.
E a maior inovação é não apenas o tempo de previsão — reduzido de anos para algumas semanas — mas também o facto de requerer muito menos poder computacional, tornando a previsão de alta qualidade mais acessível. Desta forma, a tecnologia passa a ser aplicável em regiões que antes tinham dificuldades em fazê-lo, como é o caso das que não dispõem de infraestruturas dispendiosas.
O estudo publicado na Nature em maio mostra que o novo modelo supera os tradicionais em vários parâmetros, em especial no que toca a ciclones tropicais — supera 7 centros de previsão operacionais em 100% dos testes.
“Os ciclos de desenvolvimento que antes demoravam anos podem agora ser concluídos em apenas algumas semanas por pequenas equipas de engenheiros”, observa a investigadora de IA Ana Lucic, também da Universidade de Amesterdão. “Isto pode ser especialmente valioso para os países do Sul Global, para os serviços meteorológicos mais pequenos e para os grupos de investigação centrados nos riscos climáticos localizados”.
“A sua capacidade de processar diversos tipos de dados torna-o uma ferramenta poderosa e preparada para o futuro”, afirma Welling.
