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Em média, humanos têm mais massa gorda do que elefantes em cativeiro

Um novo estudo mostra que os elefantes asiáticos em cativeiro têm menos gordura do que um ser humano médio (e provavelmente têm também mais atividade física). 

Os elefantes asiáticos (Elephas maximus) em cativeiro não são tão saudáveis como os seus parentes que vivem em habitats naturais: têm uma expectativa de vida mais curta e taxas de natalidade muito mais baixas.

A obesidade causada pela ingestão excessiva também costuma ser uma das causas apontadas, mas uma nova investigação sugere que estes animais são tão ativos como os selvagens.

Segundo o site Science Alert, embora estes elefantes possam pesar mais, não é claro quanto desse peso extra é gordura e quanto é devido à alimentação excessiva ou à falta de exercício. Com isso em mente, uma equipa de investigadores decidiu analisar o teor da gordura de uma forma mais direta.

Para isso, os cientistas equiparam 35 elefantes asiáticos fêmeas e nove machos, de nove zoos nos Estados Unidos e no Canadá, com pulseiras de atividade gigantes nos seus tornozelos. Ao mesmo tempo, davam-lhes uma dose de pão embebido em água pesada (ou deuterada), que contém um isótopo natural de hidrogénio que ajudava a medir o peso da água dos elefantes.

Em média, os elefantes machos carregavam cerca de 8,5% de gordura corporal e as fêmeas cerca de 10%. Para colocar isto em perspetiva, um ser humano saudável tem entre 6% a 31% de gordura corporal.

Ao comparar estes resultados com outros problemas de saúde dos elefantes asiáticos, os autores do estudo, publicado a 26 de janeiro na revista científica Journal of Experimental Biology, descobriram exatamente o oposto do que estavam à espera.

Em termos de condicionamento físico, os elefantes em cativeiro andavam tanto como se estivessem no seu habitat natural, cerca de 0,03 a 2,8 quilómetros por hora. Já relativamente à fertilidade, os elefantes abaixo do peso eram os que pareciam ter maior dificuldade.

As fêmeas inférteis eram as que apresentavam o mínimo de gordura. Os cientistas pensam que essa perda de peso pode estar a interromper os seus ciclos de fertilidade, mais ou menos como acontece com os humanos.

Os investigadores destacam que são necessárias mais pesquisas para determinar qual o nível de gordura que é prejudicial à saúde dos elefantes asiáticos. Mas o que este estudo sugere, de facto, é que muitos deles estão a fazer bastante exercício.

ZAP //

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