Hospital condenado a pagar 105 mil euros por erro médico em morte de grávida

O Centro Hospitalar de São João, no Porto, foi condenado ao pagamento de uma indemnização de 105 mil euros à família de uma grávida que morreu em 2009, após oito anos em coma, no seguimento de um alegado erro médico.

O Correio da Manhã noticia que o Tribunal Central Administrativo do Norte decidiu a favor da família da grávida que tinha 36 anos quando deu entrada no hospital, em 2001, altura em que terá sido vítima de um erro médico da anestesista de serviço, no âmbito de uma cesariana.

“No acórdão, de 22 de Janeiro, ficou provado que a médica decidiu fazer uma entubação traqueal para ajudar a vítima a respirar, mas enganou-se e colocou o tubo no esófago“, escreve-se no referido diário.

A vítima terá estado sete minutos em paragem cardíaca, o que lhe terá causado danos cerebrais irreversíveis, tendo ficado oito anos em coma, conforme aponta o mesmo jornal.

O Centro Hospitalar continua contudo, a recusar a existência de negligência médica e deverá recorrer da sentença para o Supremo Tribunal Administrativo.

“Este julgamento não é correcto porquanto nenhuma das testemunhas em cujos depoimentos o Tribunal alicerçou o julgamento destes quesitos menciona que a entubação foi realizada no esófago, ao que acresce que os peritos que produziram o Relatório Pericial junto aos autos consideram que os registos da auscultação pulmonar da vítima revelam que a entubação foi feita na traqueia”, argumenta o Centro Hospitalar, conforme cita o Correio da Manhã.

A mulher deixou três filhos, entre os quais a bebé que nasceu da cesariana que acabou por resultar na sua morte.

ZAP

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