Várias personalidades pedem que hospitais sejam avaliados pelos ganhos que dão aos doentes

Tânia Rêgo / ABr

O Compromisso Nacional por uma Agenda de Valor em Saúde em Portugal quer avaliar os hospitais pelos ganhos que dão aos pacientes. O documento será assinado por várias personalidades e entidades públicas e privadas.

Os objetivos do Compromisso Nacional por uma Agenda de Valor em Saúde em Portugal são avaliar a prestação dos serviços de saúde pelos resultados no doente, conhecer as melhores práticas, promovê-las e mostrar os resultados ao público, que terá mais informação na hora de escolher.

A estratégia avança esta sexta-feira, com a assinatura do compromisso por várias personalidades e entidades públicas e privadas. Segundo o Público, pretende-se que, em 2021, um terço dos prestadores de saúde tenham aderido à prestação e ao financiamento de cuidados com base em valor.

João Marques Gomes, um dos impulsionadores da iniciativa, disse ao diário que o documento contará com a assinatura “de administrações hospitalares públicas e privadas, ordens e associações profissionais, associações de utentes e várias personalidades da saúde como os ex-ministros Adalberto Campos Fernandes e Maria de Belém Roseira”.

Pretende-se que, desta forma, os pacientes escolham o hospital que melhor pode tratar a sua doença com base nos resultados e não apenas em perceções. Além disso, pretende-se ainda que as unidades venham a ser financiadas também com base nas boas práticas em vez de serem apenas financiadas pela quantidade de atos que praticam.

João Marques Gomes defende que, ao tratar melhor, o sistema de saúde estará a poupar recursos financeiros. “Temos o envelhecimento da população, mais doenças, há inovação terapêutica mais cara. Vamos chegar a um ponto em que teremos de escolher o que queremos. E vamos querer garantir que cada euro que estivermos a pagar por saúde, seja aquele nos dá mais saúde possível.”

“Esta ideia de saúde baseada em valor é boa para os doentes, porque passam a saber como escolhem o hospital. É boa para os médicos, porque passam a saber quais os resultados da sua própria prática. E, do que conhecemos das experiências internacionais, é nivelar os cuidados por cima”, remata.

ZAP //

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