Afinal, os suplementos da “hormona do amor” não chegam para salvar uma relação em crise

Uma nova pesquisa concluiu que a terapia é muito mais eficaz a treinar os homens a interpretar melhor as emoções dos outros do que os sprays nasais de oxitocina, que não mostraram ter qualquer efeito.

Quando um casamento entra pela ruas da amargura, há poucas coisas que o salvam. Um novo estudo publicado na Philosophical Transactions of the Royal Society of London concluiu que nem os suplementos da oxitocina, conhecida como a hormona do amor, podem reparar as relações que azedam.

A pesquisa usou uma amostra de 104 homens com uma idade média de 19 anos que foram testados separados aleatoriamente em quatro grupos.

Alguns tomaram oxitocina intranasal, outros tomaram um placebo e outros foram integrados num programa certificado de treino para a interpretação de emoções e outros participaram num programa falso, relata o SciTech Daily.

Os participantes tiveram de avaliar rostos que mostravam níveis diferentes de emoção. Concluiu-se que os treinos são muito mais eficazes do que os suplementos a melhorar a capacidade dos homens interpretarem as emoções.

“Há muitos estudos a examinar se a oxitocina pode aumentar a probabilidade de uma conclusão desejada, mas há poucos estudos que comparam a oxitocina com outros métodos criados para o mesmo fim”, explica a autora principal Katie Daughters.

A autora acrescenta quando os suplementos não mostraram ter nenhum benefício nesta pesquisa e recomenda que se façam mais estudos sobre o efeito da hormona nas mulheres e em pessoas que sofram de distúrbios psicológicos.

Os cientistas continuam com esperança de que os suplementos de oxitocina possam ser úteis para quem tem distúrbios no espetro do autismo, quem tem esquizofrenia ou em mulheres que sofram de depressão pós-parto.

“Muitos de nós estamos interessados no potencial que a oxitocina tem para melhorar a vida social dos indivíduos, no entanto, se outros métodos forem tão ou mais eficazes, também temos de estar abertos a estas opções”, remata Daughters.

ZAP //

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