Um novo estudo científico associa a prática da corrida a uma maior longevidade. Uma hora de corrida equivale a um ganho de mais sete horas de vida, conclui esta investigação realizada nos EUA.
“Correr, qualquer que seja o ritmo ou a quilometragem” faz descer “o risco de morte prematura em quase 40%“, concluem os investigadores envolvidos nesta pesquisa, conforme divulga o The New York Times.
Esta pesquisa apurou que a corrida é o tipo de exercício mais eficaz no aumento da esperança média de vida dos humanos, pelo menos entre os que foram analisados pelos investigadores.
Caminhar, andar de bicicleta e outros exercícios também acarretam benefícios na esperança média de vida, mas não ao mesmo nível que a corrida, aponta-se no artigo científico publicado na revista Progress in Cardiovascular Disease.
“Em geral, os corredores têm entre 25% a 40% de risco reduzido de mortalidade prematura e vivem, aproximadamente, mais três anos do que os não corredores“, apontam os cientistas.
Quem corre cerca de duas horas por semana, “passaria menos de seis meses a correr, ao longo de quase 40 anos, mas poderia esperar um aumento na esperança média de vida de 3.2 anos, para um ganho líquido de cerca de 2.8 anos”, sustenta um dos co-autores da pesquisa, o professor de quinesiologia, Duck-chul Lee, ao jornal norte-americano.
“Uma hora de corrida aumenta, estatisticamente, a esperança de vida em sete horas”, considera Lee, frisando que estas conclusões se mantêm verdadeiras “mesmo quando os investigadores controlaram o tabaco, o álcool e um historial de problemas de saúde, tais como a hipertensão ou a obesidade”.
Isto deve-se porque, provavelmente, a corrida “combate muitos dos factores de risco comuns nas mortes prematuras, incluindo a pressão arterial alta e a gordura corporal extra”, nota Lee.
Além disso, a corrida “também aumenta a aptidão aeróbica“, o que constitui “um dos indicadores mais conhecidos da saúde de um indivíduo a longo prazo”, refere o mesmo investigador.
Esta pesquisa é uma espécie de continuação de outra efectuada há três anos em que cientistas da área da fisiologia, incluindo Lee, concluíram que a prática de corrida diária por tão somente cinco minutos está associada a uma vida mais longa.
Após as muitas dúvidas suscitadas por esse estudo, uma equipa de investigadores voltou a analisar os mesmos dados da pesquisa de 2014, averiguando ainda outros resultados de investigações de larga escala mais recentes e as conclusões acabaram por ser semelhantes.
Todavia, Lee avisa que “correr não torna as pessoas imortais”. “Os ganhos na esperança de vida são limitados a cerca de três anos extra, independentemente do que as pessoas correrem”, frisa o cientista.
Importa também notar que não há uma associação directa entre a corrida e o aumento da longevidade das pessoas, mas antes, que as pessoas que correm tendem a viver mais tempo, talvez porque também mantêm outros hábitos saudáveis.
Segundo o título da notícia, correndo cerca de 3.5h (ou mais) por dia viveríamos para sempre. 🙂
nao compensa.