/

Homens baixos e pálidos correm mais riscos de ficar carecas prematuramente

O maior estudo genético já feito sobre a calvície masculina apurou que os casos mais prematuros surgem em homens mais baixos, com a pele mais clara e que correm também maiores riscos de sofrer ataques cardíacos ou cancro.

Este estudo, publicado na revista Nature Communications, trata de salientar como a calvície é um problema muito comum, afectando quatro em cada cinco homens, metade dos quais apresentam sinais dela antes dos 35 anos de idade.

Analisando o ADN de 10.846 homens carecas e de 11.672 homens com cabelo, dos registos de uma companhia norte-americana de sequenciação genética, investigadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, identificaram 63 alterações no genoma humano, 23 das quais não se conheciam antes, que aumentam o risco de perda de cabelo.

Assim, concluíram que os homens mais baixos, mais pálidos e com maior densidade óssea têm maiores probabilidades de ficarem carecas mais prematuramente, conforme reporta o The Times.

“Os riscos de doença são aumentados apenas ligeiramente”, explica o geneticista Markus Nöthen que liderou o estudo, citado pelo jornal britânico.

“Contudo, é excitante ver que a perda de cabelo não é, de forma alguma, uma característica isolada, mas que, em vez disso, apresenta várias relações com outras características”, salienta o investigador reportando-se ao facto de o estudo ter também, detectado que a calvície pode estar ligada a maior risco de cancro, de ataques cardíacos e de algumas doenças neuro-degenerativas como Parkinson.

Nöthen realça ainda os “laços” detectados entre a calvície e “a cor de pele mais clara” e “o aumento da densidade óssea”, considerando que podem “indicar que os homens com perda de cabelo são mais capazes de usar a luz do sol para sintetizar a vitamina D“.

“Também pode explicar porque é que os homens brancos, em particular, perdem o cabelo prematuramente”, acrescenta o geneticista.

O estudo apurou ainda que “os homens carecas são mais sensíveis aos efeitos da testosterona e de outras hormonas sexuais masculinas, o que pode ajudar a explicar porque é que tendem a passar pela puberdade mais cedo”, aponta ainda o The Times.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.