Homem morre em Guimarães. Terá sido picado por uma vespa

Um homem de 32 anos morreu em Guimarães depois de uma possível reação alérgica à picada de uma vespa. A vítima entrou em paragem cardiorrespiratória.

Um homem de 32 anos morreu no sábado à noite na freguesia de Infantas, concelho de Guimarães, suspeitando-se que terá sido picado por uma vespa, disse este domingo à Lusa fonte dos Bombeiros Voluntários de Guimarães. Contudo, ainda não se sabe qual era a espécie desta vespa.

Segundo a fonte, o alerta foi dado pelas 21h40, “para uma reação alérgica desconhecida”, tendo a vítima sido encontrada já em paragem cardiorrespiratória numa habitação na rua do Casal, freguesia de Infantas. “Há suspeitas de que poderá ter sido picado por uma vespa, mas só a autópsia confirmará”, acrescentou.

No local estiveram uma ambulância com dois elementos dos Voluntário de Guimarães e equipas da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Famalicão e da ambulância de Suporte Imediato de Vida de Fafe.

O corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal do Hospital de Guimarães para ser autopsiado.

Em agosto, duas pessoas morreram depois de serem picadas por vespas asiáticas. A primeira vítima foi um homem de 50 anos que faleceu na região da Beira Litoral após ter sido picado por vespas ou abelhas. Já a segunda, foi um homem de 79 anos de idade que morreu dois dias depois em Oliveira do Bairro, Aveiro, após ter sido atacado por vespas asiáticas.

A vespa-asiática não é considerada perigosa para os humanos, mas as suas picadas podem provocar choques anafiláticos e sintomas alérgicos, como dificuldades em respirar, calores e febre. Como é uma vespa maior do que as mais comuns, com mais veneno no ferrão, o ataque de um enxame inteiro pode revelar-se mais perigoso.

O maior perigo da vespa-asiática é para o meio-ambiente e para a biodiversidade, já que é carnívora e come abelhas e outros insectos polinizadores.

Na plataforma SOS Vespa pode acompanhar a geo-referenciação online dos ninhos da vespa-asiática em Portugal, bem como contribuir para a identificação e detecção de outros ninhos.

Na época da Primavera, as vespas asiáticas constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados, sendo os principais efeitos da presença desta espécie sentidos na apicultura – por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas – e na saúde pública.

No caso de sentirem os ninhos ameaçados, as vespas asiáticas reagem de modo bastante agressivo e podem fazer perseguições até algumas centenas de metros.

A destruição dos ninhos deve ser feita com equipamento de proteção e seguindo as orientações constantes no plano de ação, nunca se devendo usar armas de fogo (de caça), mesmo no caso de difícil acesso aos ninhos, pois este método só provoca a destruição parcial do ninho e contribui para a dispersão e disseminação da vespa asiática por constituição de novos ninhos.

Isto porque, na ausência ou perda da rainha, as obreiras desta espécie têm a capacidade de se transformarem em fêmeas fundadoras e construírem novos ninhos.

ZAP // Lusa

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