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O “homem-milagre”. Carteiro português esteve morto 21 minutos e acordou a caminho da morgue

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Declarado morto pelos médicos, depois de ter tido um ataque cardíaco, e “ressuscitado” 21 minutos depois, quando já ia a caminho da morgue, o português João Araújo continua a ser conhecido como o “homem milagre” no Hospital do Reino Unido onde viveu este episódio há 10 anos.

O relato desta experiência única é feito no portal GloucestershireLive que relata como o carteiro português João Araújo, emigrado no Reino Unido, foi declarado morto pelos médicos no dia 18 de Abril de 2009, depois de ter sofrido um ataque cardíaco quando levava a mulher para o trabalho.

No hospital, os médicos fizeram de tudo para que o seu coração voltasse a funcionar, mas após seis horas e depois de todos os procedimentos se revelarem infrutíferos, os médicos deram-no como morto.

A mulher e os filhos do carteiro foram avisados do falecimento e até se telefonou para Portugal, para avisar os demais parentes da triste notícia.

Mas, quando já seguia numa maca, transportado por duas enfermeiras para a morgue, João Araújo “ressuscitou”. Ao cabo de 21 minutos da morte declarada, o português deu sinais de vida e passou a ser conhecido como o “homem milagre”.

“Quando estive no hospital, não tinham explicação para o meu problema, por isso as pessoas começaram a chamar-me ‘Homem Milagre'”, refere João Araújo ao GloucestershireLive.

O emigrante português continua a ser seguido regularmente no serviço de cardiologia do Hospital de Gloucester e ainda hoje não se sabe como é que recuperou milagrosamente.

Depois de subitamente ter dado sinais de vida, esteve em coma durante três dias e temia-se que pudesse não voltar a recuperar determinadas faculdades. Após algum período de confusão, ele acabou por voltar ao que era e três semanas depois do ataque, estava de volta ao trabalho.

Foi observado por médicos dos Hospitais de Bristol e de Oxford e os sete médicos que o analisaram não conseguiram encontrar uma explicação para o sucedido.

“Contrariamente a tudo o resto no corpo abaixo dos olhos, dizem que o cérebro é um mistério, é como uma caixa de Pandora. Eles não tinham o conhecimento para saber a razão por trás do que aconteceu”, aponta João Araújo ao GloucestershireLive.

O carteiro tem um desfibrilhador implantável no coração que está programado para enviar um choque eléctrico ao órgão se alguma vez voltar a parar. Este dispositivo também monitoriza o seu ritmo cardíaco e envia os resultados directamente para o hospital.

Antes deste episódio “milagre”, João Araújo já tinha vivido uma situação médica complicada em Cuenca, Espanha. Em 2005, teve um acidente que lhe partiu o fémur, a pélvis, quatro costelas e a omoplata, provocando-lhe uma perda de 90% de sangue e danificando-lhe o pâncreas e o fígado.

Naquela altura, os médicos disseram que ele nunca sobreviveria. Sobreviveu. Os médicos disseram-lhe que ele não voltaria a andar, nem a mexer os braços. E conseguiu. Restam-lhe as cicatrizes do episódio que ele diz que são as suas “tatuagens”.

ZAP //

2 Comments

  1. Há dias de sorte…!
    Há que aproveitar estas oportunidades que o acaso por vezes nos presenteia…
    Milagres? isso não existe, existem apenas situações que o homem ainda não consegue explicar, ainda!

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