Um homem armado com uma faca tentou ferir, sem sucesso, um militar francês da operação antiterrorista ‘Sentinela’, no centro de Paris, informou esta sexta-feira a ministra da Defesa, Florence Parly.
“Não sabemos mais sobre as intenções do agressor, que foi detido”, explicou a ministra em declarações à emissora Europe 1.
Segundo o canal BFMTV, o homem fez referência ao grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico durante o ataque que ocorreu pelas 6h30 (5h30 em Lisboa) na estação de metro Châtelet e terminou sem feridos.
Esse resultado coloca em evidência a capacidade dos militares que integram a operação ‘Sentinela’, desencadeada na sequência dos atentados de 2015, em cumprir a sua missão, assinalou.
Na quinta-feira foram anunciadas precisamente mexidas naquele dispositivo antiterrorista em que sete mil militares contribuem para a proteção do território francês em reforço das forças de ordem, de forma a torná-lo “mais flexível” e menos previsível, com “missões aleatórias” e cada vez menos estáticas.
Florence Parly, que garantiu não irá haver menos efetivos nas ruas, insistiu que a manutenção da ‘Sentinela’ se justifica porque o nível de ameaça terrorista em França continua a ser “elevado”.
De acordo com dados da investigação preliminar, o agressor, rapidamente imobilizado pelo soldado, terá feito referências a Alá e era ‘desconhecido’ pelas autoridades, segundo fontes da polícia, citadas pela agência noticiosa francesa AFP.
A investigação foi confiada à brigada criminal da polícia judiciária.
Trata-se do sétimo ataque contra militares da força ‘Sentinela’, posta em marcha no quadro do plano antiterrorista “Vigipirate” após os atentados de 2015.
O mais recente ataque ocorreu a 9 de agosto, quando um homem atropelou uma patrulha antiterrorista, ferindo seis soldados em Levallois-Perret, na periferia de Paris.
// Lusa