Hezbollah não quer ajuda no Líbano: vai lutar sozinho contra Israel

Combatente do Hezbollah em exercício na aldeia de Aaramta, Jezzine, sul do Líbano.

Líder do grupo xiita não quer que Irão seja arrastado para o conflito. O Hamas apresentou uma nova proposta de cessar-fogo que prevê troca de reféns por prisioneiros, mas Netanyahu considera as exigências “irrealistas”.

Em plena ofensiva israelita em Gaza, que já matou mais de 31 mil palestinianos, Esmail Qaani, chefe da Força Quds — um dos cinco ramos do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão — reuniu com o líder do grupo Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah em fevereiro, pela terceira vez desde o início do conflito desencadeado pelo Hamas a 7 de outubro.

A visita a Beirute teve o objetivo de discutir o risco de Israel iniciar uma ofensiva no Líbano, numa tentativa de eliminar o movimento xiita tal como pretende fazer com o Hamas em Gaza.

A ofensiva total a norte poderia prejudicar gravemente o principal parceiro regional de Teerão, segundo fontes da Reuters. O líder do Hezbollah garantiu ao chefe do grupo de defesa iraniano que não queria que o Irão fosse arrastado para uma guerra com Israel ou com os EUA e cimentou a sua posição: o Hezbollah lutaria sozinho em cenário de ofensiva israelita.

O risco de um confronto aberto entre Israel e o Hezbollah é cada vez mais elevado.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou em janeiro que o Exército entraria em ação “muito em breve” no norte do país, na fronteira com o Líbano, onde Israel já realizou ataques aéreos contra a milícia xiita libanesa.

Os ataques israelitas já mataram mais de 200 combatentes do Hezbollah e cerca de 50 civis no Líban. Já as ofensivas do Líbano a Israel mataram uma dúzia de soldados israelitas e seis civis.

Hamas apresentou proposta de cessar-fogo

O Hamas apresentou uma proposta de cessar-fogo em Gaza aos mediadores e aos EUA que inclui a libertação de reféns israelitas em troca da liberdade de prisioneiros palestinianos, 100 dos quais cumprem penas de prisão perpétua, de acordo com documentos obtidos pela Reuters.

A proposta do Hamas incluía a troca de mulheres, crianças, idosos e reféns israelitas doentes por 700 a 1000 prisioneiros palestinianos.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou, no entanto, que a posição do Hamas continua a basear-se em “exigências irrealistas”.

ZAP //

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