“Hannibal da vida real” vai morrer sozinho trancado numa gaiola de vidro subterrânea

// Mirror

O serial killer britânico Robert Maudsley

Robert Maudsley, o serial killer britânico que inspirou a criação do sinistro Hannibal Lecter, vai continuar a viver em confinamento solitário numa “gaiola” subterrânea na prisão de Wakefield até ao fim dos seus dias.

Apelidado de “Hannibal da vida real” e considerado serial killer mais perigoso do Reino Unido, Robert Maudsley detém já o recorde mundial de mais dias passados em isolamento.

E é em isolamento que, conta o Liverpool Echo, Maudsley vai passar o resto da sua vida, numa gaiola de vidro subterrânea à prova de fuga, tal como o personagem de ficção de “O Silêncio dos Inocentes”, para o qual foi inspiração.

Atualmente com 70 anos, Maudsley cometeu o seu primeiro homicídio aos 21 anos, altura em que assassinou um homem que alegadamente abusava sexualmente de crianças.

Condenado a uma pena de prisão perpétua, nem o encarceramento travou a sua senda assassina. Durante o seu tempo na prisão, Maudsley foi responsável pela morte de mais três pessoas, incluindo dois homicídios cometidos no mesmo dia.

Construída especificamente para Maudsley, a cela de 20 m2 em que se encontra em confinamento solitário, na qual passou 44 anos , é uma estrutura de vidro à prova de bala, com uma porta de aço que dá acesso a uma pequena abertura por onde lhe é fornecida comida e água.

Robert Maudsley nasceu em Toxteth, Liverpool, e foi institucionalizado num orfanato até aos 8 anos. Teve uma infância conturbada, tendo vivido com pais adotivos que o maltrataram física e psicologicamente.

Na adolescência, mudou-se para Londres e entrou num ciclo de prostituição e vício em drogas, o que desencadeou uma depressão severa e várias tentativas de suicídio.

O seu primeiro assassinato ocorreu em 1974, ano em matou John Farrell, um alegado pedófilo que alardeava orgulhosamente os seus atos. Entregou-se à polícia após o homicídio, tendo sido detido e transferido para o Hospital Broadmoor — apesar das recomendações para que nunca fosse libertado.

Em 1978, foi transferido para a prisão de Wakefield, onde cometeu mais dois homicídios. Desde então, Maudsley permaneceu em isolamento na sua “gaiola” de vidro, atingindo o recorde de 16.500 dias em confinamento solitário.

Maudsley, que descreveu o seu isolamento como “ser enterrado vivo num caixão“, não tem autorização para comunicar com outros presos ou com guardas, estando fechado na sua cela 23 horas por dia.

Uma vez por dia, durante uma hora, faz exercício ao ar livre — sob uma forte escolta policial.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.