Um relatório da Universidade da Organização das Nações Unidas alertou para seis ameaças à vida humana, são eles: a extinção de espécies, o aumento dos detritos espaciais, o esgotamento das águas subterrâneas, o degelo dos glaciares, as ondas de calor e as eventuais crises nos seguros de propriedade.
Um relatório da ONU advertiu, esta quarta-feira, que o mundo está à beira de atingir os seis “pontos de rotura”, que, interligados, poderão ditar o fim da humanidade.
A extinção de espécies, acelerada pelas atividades humanas, está a ocorrer a uma taxa mais de dez vezes maior do que a dita “taxa natural”.
O esgotamento de reservatórios de água subterrânea, essenciais para a agricultura e consumo humano, pode comprometer gravemente a produção de alimentos.
Da mesma forma, o degelo dos glaciares ameaça outra fonte vital de água, além de pôr em perigo os ecossistemas.
O lixo espacial também é uma forte ameaça, podendo tornar a órbita da Terra inviável para os satélites. “Quando perdermos os olhos no céu, vamos perder a capacidade de monitorizar o clima e a biodiversidade”, explica Jack O’Connor da Universidade das Nações Unidas (UNU), citado pela New Scientist.
Os recordes de temperatura que têm sido constantemente atingidos, nos últimos anos, devido às crescentes ondas de calor, também ameaçam a vida humana, na Terra.
O último ponto de viragem vai ser quando se tornar demasiado dispendioso, para a maioria das pessoas, ter seguros contra eventos climáticos extremos ou desastres naturais.
É preciso agir. Jack O’Connor sublinhou que, “para evitar os pontos de viragem, precisamos nos mover em direção ao que chamamos de transformação e realmente mudar o sistema“.
Caitlyn Eberle, da Universidade das Nações Unidas, referiu que todos – sem exceção – têm de mudar de mentalidade.
“Todas essas coisas são causadas por comportamentos, atos e valores humanos. Esta transformação tem de ser feita desde as pessoas até aos Governos“, considerou a investigadora.