Havia um Senhor que alegadamente transformava água em vinho, mas e se lhe dissessem que é possível transformá-la em ouro?
Os oceanos reservam uma grande, enorme quantidade de ouro. Aliás, serão certamente mais de um trilião de euros.
Segundo uma estimativa de um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, há um grama de ouro por cada 100 milhões de toneladas de água do mar nos oceanos Atlântico e Pacífico, devendo haver concentrações mais elevadas em determinadas localizações, como no Mar Mediterrâneo.
Apesar das mudanças no preço do metal, estimativas feitas este mês de março dizem que uma tonelada de ouro pode chegar a valer 57 milhões de dólares.
Seguindo esses valores, e fazendo os cálculos, os oceanos da Terra podem conter hoje um trilião e 300 mil biliões de euros em ouro.
Mas uma simples visita à praia para recolher esta água dourada não vai constituir tarefa simples.
É ouro, mas não enriquece
Este ouro marinho está extremamente diluído nas águas mundiais e nem sequer há uma maneira rentável e lucrativa de extraí-lo dos oceanos. Mas houve quem tentasse.
Um método eletroquímico para extrair o metal das águas foi apresentado por um estudo publicado na Nature, em 1941, mas o custo do processo, segundo o IFLScience, o processo foi cinco vezes mais caro do que o valor do ouro obtido.
Outro estudo mais recente (2018) verificou que era possível extrair eficazmente 934 miligramas de ouro em 2 minutos, mas lucrar com a extração revelou-se extremamente complicado.
Esta extração teria também um grande impacto na biodiversidade e nos ecossistemas.