Gverreiros mais certeiros ergueram o caneco

Paulo Cunha / Lusa

Só nos penáltis o nó desatou em Leiria, na final da 17.ª edição da Taça da Liga, entre SC Braga e Estoril.

Os “canarinhos” entraram melhor, Cassiano abriu o “placard”, 14 minutos depois Ricardo Horta deixou tudo empatado, a segunda parte foi caótica e menos interessante e a final voltou a ganhar emoção da sentença das grandes penalidades.

Ninguém falhou até que chegou a vez de Tiago Araújo, que rematou com força, mas sem direcção.

Os minhotos festejaram, o treinador Artur Jorge não escondeu a emoção e os estorilistas não conseguiram um inédito troféu.

Na inédita final da 17.ª edição da Taça da Liga, “gverreiros” e “canarinhos” foram protagonistas de primeiros 49 minutos de bom nível.

Os da Amoreira entraram praticamente a vencer quando, ao minuto seis, Cassiano não vacilou e bateu Matheus da marca dos 11 metros, punindo uma entrada de José Fonte sobre o atacante.

Os bracarenses não acusaram o golpe, os dois laterais projectaram-se, João Moutinho assumiu a batuta e as ocasiões de perigo começaram a ser uma constante (apesar de pouco claras) junto à baliza de Dani Figueira.

Até que, ao minuto 20, Ricardo Horta assinou uma obra de arte que deixou o guardião contrário pregado ao relvado.

O ritmo de jogo não baixou, mas o empate perdurou até ao descanso. O capitão Ricardo Horta era a unidade em foco neste período com dois remates, um golaço, um cruzamento, 19 acções com a bola e um cartão amarelo conquistado que lhe davam um GoalPoint Rating de 6.5.

O segundo período esteve longe de ser empolgante.

O emblema da Linha corrigiu as marcações, o duelo entrou numa fase em que o medo de sofrer apoderou-se dos dois conjuntos e apenas a seis minutos dos 90 houve registo de uma boa oportunidade, que pertenceu aos minhotos, mas Pizzi não ultrapassou a muralha erguida por Dani Figueira.

Com tudo empatado, o sucessor do FC Porto foi desvendado da conversão de grandes penalidades.

Ricardo Horta marcou, Volnei atirou a contar, João Moutinho “bateu bem”, Alejandro Márquez fez o mesmo, Abel Ruiz fez o 3-2 para os bracarenses, Matheus ainda tocou na bola, mas não conseguiu defender o remate de Heriberto Tavares.

Pizzi não vacilou, Wagner Pina deixou tudo empatado, o líbio Al Musrati não destoou e a fava calhou a Tiago Araújo, que não acertou no alvo e entregou em bandeja de ouro a terceira Taça da Liga para a turma do Minho.

Paulo Cunha / Lusa

Melhor em Campo

Quando a equipa mais precisou dele, o capitão Ricardo Horta assumiu as rédeas e comandou a conquista da terceira edição da Taça da Liga para o clube sempre que marcou em finais, e o Braga saiu na mó de cima.

Além do golaço, foi ainda certeiro na cobrança de grandes penalidades, terminando o jogo com três remates, 39 acções com a bola – três na área contrária -, três passes progressivos recebidos, três duelos ganhos, quatro perdidos, duas acções defensivas, duas recuperações de posse e sete perdas do esférico.

O camisola 21 foi o MVP desta final com um GoalPoint Rating de 6.7.

Resumo

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