Fim de época para o FC Porto na Liga NOS. Os “dragões” terminaram a temporada com 88 pontos, igualando o recorde do Benfica fixado em 2015/16.
Num jogo sem muita história e resolvido num cabeceamento de Marcano, o Porto dominou a partida, rematou muito mais, mas sem grande exuberância ou inspiração. Porém, o suficiente para ganhar por 1-0. Do outro lado, o V. Guimarães até usufruiu de algumas ocasiões, mas nunca mostrou energia para contrariar o melhor jogo dos visitantes, nem mesmo quando se viu em desvantagem.
O Jogo explicado em Números
- A tarde de sol na “Cidade Berço” convidava a um ritmo pausado, e foi a isso que se assistiu nos primeiros dez minutos da partida. Os recém-sagrados campeões nacionais dominavam as operações, com 63% de posse, 84% de eficácia de passe e o único remate do encontro (desenquadrado), da autoria de Gonçalo Paciência.
- Aos 15 minutos, Rafael Martins isolou-se, mas perante a saída de Vaná (uma das novidades no “onze” portista), atirou ao lado. Esta foi a primeira verdadeira ocasião da partida, e para o V. Guimarães
- Num jogo algo monótono, Gonçalo Paciência esforçava-se para mostrar serviço, registando, aos 20 minutos, dois remates, um deles enquadrados. Porém, errara três dos cinco passes que havia realizado até ao momento. João Afonso, com seus acções defensivas (quatro alívios), era o melhor nesta fase, com um rating de 5.6.
- O jogo desinteressante prosseguiu e, à passagem da meia-hora, o domínio continuava a ser portista, com posse de bola sem sofrer grande alterações, mas cinco remates, dois deles enquadrados. Os três disparos do Vitória saíram todos sem a melhor direcção.
- Jesús Corona e Maxi Pereira foram dos mais activos nos “dragões”, pois na primeira parte, a equipa de Sérgio Conceição canalizou 46% do seu jogo pelo flanco direito.
- Pouco a contar da primeira parte no D. Afonso Henriques. Jogo monótono, desgarrado, apenas com uma ocasião flagrante, e para o V. Guimarães. O Porto dominou (64% de posse), rematou mais (dez disparos, três com boa direcção, contra quatro dos minhotos, um enquadrado) e teve excelente eficácia de passe, cerca de 85%, mas esteve pouco objectivo. O melhor nesta etapa inicial foi Óliver Torres. O espanhol aproveitou a oportunidade a titular para mostrar empenho, valendo-lhe dois remates (um com boa direcção), um passe para finalização, 92% de eficácia de passe e sete recuperações de posse. Registava, nesta altura um GoalPoint Rating de 6.3.
- Nada mudou no segundo tempo. Jogo mastigado, em ritmo de férias, sem rasgos individuais. Mais Porto nos primeiros 15 minutos após o descanso (59% de posse), três remates, um enquadrado.
- Aos 69 minutos, finalmente, emoção no jogo, com o 1-0 para o Porto. Cruzamento de Alex Telles, claro está, e Marcano saltou na grande área, sem oposição, para cabecear certeiro. Um tento que surgiu ao 15 remate portista na partida, quinto enquadrado.
- O central espanhol estava a fazer um bom jogo. Para além do golo, marcado após dois remates, Marcano registava, por volta dos 75 minutos, quatro duelos aéreos ganhos em cinco, apenas superado pelo colega de sector, Felipe, que ganhara cinco em seis.
- O jogo foi caminhando para o fim sem alterações. O golo do Porto não teve o condão de despertar qualquer reacção por parte dos vimaranenses, pelo que a toada manteve-se, com o Porto a dominar perto do fim – 61% de posse, cinco remates na segunda parte, somente dois enquadrados, três disparos dos da casa, todos para fora.
O Homem do Jogo
Fim de época para o FC Porto na Liga NOS. Num jogo monótono, típico de encerramento de temporada, teve de ser um defesa-central, e na sequência de bola parada, a marcar o único golo do jogo. O espanhol Marcano cabeceou com sucesso aos 69 minutos e acabou mesmo por ser o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.7. Para além do tento, Marcano completou 82% dos seus passes, ganhou quatro de seis duelos aéreos e registou quatro acções defensivas. Não foi uma exibição brilhante, mas num jogo destas características era difícil pedir mais.
Jogadores em foco
- Óliver Torres 6.6 – O outro espanhol do FC Porto foi o segundo melhor na partida, e liderou os nossos ratings durante muito tempo. Para além de dois remates, um deles enquadrado, o médio fez um passe para finalização e registou oito recuperações e quatro desarmes.
- Alex Telles 6.3 – A época não podia terminar sem mais uma assistência do lateral-esquerdo brasileiro. Telles bateu o livre na esquerda para o golo de Marcano, chegando aos 13 passes para golo. Para além disso, registou mais quatro passes para finalização nesta partida, terminou com 92% de eficácia de passe e colocou 15 vezes a bola na área contrária.
- H. Herrera 6.2 – Mais um jogo muito consistente do mexicano, que foi, de longe, o elemento mais interveniente na partida, com 90 acções com bola. E foi fundamental no momento defensivo, com oito recuperações de posse e outras tantas acções defensivas – entre elas três desarmes e quatro intercepções.
- Miguel Silva 6.0 – O melhor jogador dos minhotos. O guarda-redes foi evitando males maiores, apesar de algumas saídas em falso. No final terminou com um registo de quatro defesas, duas delas a remates dentro da sua área.
- Gonçalo Paciência 6.0 – O ponta-de-lança jogou 52 minutos e não foi feliz na finalização, apesar de muito ter tentado – como demonstram os seis remates, apenas um enquadrado.
Resumo
// Goal Point