Um alto comandante da NATO acredita que a Europa e a América do Norte não está preparada para a ameaça de ataques aos cabos submarinos de países como a Rússia.
O Comando Marítimo Aliado da NATO (Marcom) expressou preocupações sobre a segurança da crucial infraestrutura submarina na Europa e América do Norte, destacando vulnerabilidades a possíveis guerras híbridas russas.
O vice-almirante Didier Maleterre, comandante adjunto do Marcom da NATO, enfatizou a ameaça à extensa rede de cabos submarinos e oleodutos que são fundamentais para os sistemas de energia e comunicação da Europa, e frisa que a segurança de quase mil milhões de pessoas na Europa e na América do Norte está em risco.
Segundo Maleterre, a infraestrutura atual, principalmente desenvolvida pelo setor privado, não foi projetada para resistir aos tipos de ameaças que agora emergem de países como a Rússia. “Sabemos que os russos desenvolveram muita guerra híbrida no mar para perturbar a economia europeia, através de cabos, cabos de internet, oleodutos. Toda a nossa economia submarina está sob ameaça”, afirmou ele.
Este anúncio segue-se a dois incidentes notáveis de sabotagem suspeita: os danos aos oleodutos Nord Stream 1 e 2 em setembro de 2022 e ao Balticconnector em outubro do mesmo ano. Apesar de extensas investigações, esses incidentes continuam sem resposta, embora a Finlândia tenha implicado um navio chinês no dano ao Balticconnector, lembra o The Guardian.
A vulnerabilidade da infraestrutura é exacerbada pelo seu papel crítico na comunicação global e energia, com mais de 90% dos dados da internet transmitidos através de cabos submarinos.
A crescente dependência da energia eólica offshore, necessária para atingir objetivos climáticos, também apresenta “vulnerabilidades sistémicas“, de acordo com Maleterre. A capacidade de energia eólica offshore precisa crescer 25% até 2050 para atender às metas da UE, enquanto a administração Biden pretende implantar 30.000 megawatts de energia eólica offshore nos EUA até 2030.
Maleterre apontou que, enquanto o Marcom patrulha ativamente áreas críticas com mais de 100 navios e submarinos, é impossível para a NATO monitorizar continuamente cada peça da infraestrutura submarina. A responsabilidade de proteger esses ativos reside principalmente nas nações individuais, que estão cada vez mais a utilizar tecnologia como drones, sensores e veículos submarinos não tripulados (UUVs) para aumentar a segurança.
A NATO está ainda a estabelecer um centro dedicado na sede do Marcom no Reino Unido, em Northwood, focado em questões de segurança submarina. Este centro utilizará tecnologias avançadas, incluindo inteligência artificial e vigilância por satélite, para detectar e responder a atividades suspeitas.
… os danos aos oleodutos Nord Stream 1 e 2 em setembro de 2022..
Graças à deus que não foram oledutos, só gasodutos. Caso contrário, o dano feito para a naturesa seria irreversível.
“Apesar de extensas investigações, esses incidentes continuam sem resposta…”
Toda a gente sabe que os gasodutos Nord Stream 1 e 2 foram implodidos por soldados ucranianos, com a ajuda dos EUA.
Já foram identificados bem com o seu barco, nem se quer negaram. É óbvio que os países envolvidos na investigação não fazem barulho nem fazem investigação verdadeira. Tá tudo caladinho.