Polémica nas redes sociais que abriu cisão entre republicanos pôs Trump do lado de Musk, contra personalidades como Steve Bannon. Em causa está um visto dado a trabalhadores qualificados, que já serviu a Elon Musk. E o empresário “vai para a guerra” para o defender.
Vivek Ramaswamy, que vai co-liderar uma comissão para cortar as despesas do governo, escreveu na sua conta do X que “a ‘normalidade’ não é suficiente num mercado global hiper-competitivo de talentos técnicos, e se fingirmos que sim, a China vai dar-nos a volta à cabeça”.
Referia-se a uma polémica protagonizada por si e por outras figuras republicanas dos EUA, que tinha como centro de discussão um visto para trabalho qualificado que pretende dar oportunidades a pessoas talentosas na área, nomeadamente, da tecnologia, oferecendo-lhes residência no país: o visto H-1B.
Estes vistos são normalmente válidos por períodos de três anos, embora os seus titulares possam prolongá-los ou candidatar-se a green cards.
Também Steve Bannon, descrito pela Reuters como um confidente de longa data de Trump, criticou os “grandes oligarcas da tecnologia” por apoiarem o programa H-1B e considerou a imigração uma ameaça à civilização ocidental.
Laura Loomer, ativista de extrema-direita que tem 1,4 milhões de seguidores no X, publicou então uma série de posts racistas, descrevendo os indianos como “invasores do terceiro mundo” com baixo QI, e chamando apelidando este tópico de discussão uma “guerra civil” entre a base de extrema-direita de Trump e os “tech bros” que passaram a apoiar a sua futura administração.
Já Elon Musk, cidadão americano naturalizado nascido na África do Sul, já teve um visto H-1B, e a sua empresa de carros elétricos Tesla obteve 724 vistos este ano para empregar pessoas vindas de outros países, lembra o The Washington Post.
As empresas de tecnologia dependem particularmente dos vistos H-1B — que têm um limite máximo de 85.000 novos vistos por ano — para ajudar a recrutar talentos.
A Amazon, com 3.871 novos funcionários H-1B, teve as novas petições mais aprovadas em 2024, de acordo com dados compilados pela organização apartidária National Foundation for American Policy. A Google teve 1.058 pedidos aprovados. Os “gigantes” de Silicon Valley são, portanto, quem mais faz uso da medida.
“O número de pessoas que são engenheiros super talentosos E super motivados nos EUA é demasiado baixo”, escreveu Musk no X. “Se querem que a vossa EQUIPA ganhe o campeonato, têm de recrutar os melhores talentos onde quer que eles estejam“.
Foram centenas as trocas de farpas entre o coordenador do novo Departamento de Eficiência de Trump e outros republicanos que defendem o fim do visto.
O empresário chegou mesmo a dizer que está disposto a ir para a “guerra” por esta ideia, e os seus apoiantes começaram a apelidar Loomer de “terrorista como a Al Qaeda”.
Não conheço muito bem os envolvidos, mas parece óbvio que os que são contra o visto são bem mais burros e inúteis do que os que fazem jus a ele.
Se atendermos às qualificações e ao QI, então donald Trump vai ser obrigado a pedir um visto de saída ( e não de entrada) nos USA !