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A Gronelândia está a derreter mais depressa do que nunca

De acordo com as estimativas, a Gronelândia nunca esteve a derreter de forma tão rápida como atualmente. Os cientistas esperam agora esclarecer a gravidade do problema e as suas consequências.

A velocidade com que a parte ocidental da Gronelândia está a derreter tem sido dramática há algumas décadas e, atualmente, a camada de gelo está a diminuir duas vezes mais rápido do que no século XIX.

O estudo da equipa norte-americana de investigadores, liderada por Erich Osterberg, do Departamento de Ciências da Terra do Instituto Dartmouth de Nova Hampshire, nos EUA, não anuncia nada de bom quer para a maior ilha do mundo, quer para o resto do planeta. A culpa é do aumento da temperatura média durante os meses de verão.

A mudança climática não ajuda e os cientistas advertem que o derretimento da Gronelândia dependerá do nível do mar nas próximas décadas. Assim, entender como a maior ilha do mundo, que pertence à Dinamarca, responde ao aquecimento global é necessário para elaborar um plano de ação.

O derretimento da superfície da camada de gelo da ilha é responsável por mais da metade das perdas de gelo. Embora os mapas de satélites ajudem muito nesse sentido, não são suficientes. Assim, a equipa de Osterberg viajou pela parte oeste da Gronelândia e penetraram, a pouco mais de 1,5 km da costa, sete enormes cilindros na camada de gelo.

“Enquanto uma grande parte do gelo derretido atinge o oceano, uma parte considerável não se derrete, convertendo-se em neve e voltando a fazer parte da camada de gelo”, explica Osterberg, um dos autores do estudo publicado na Geophysical Research Letters.

Os cientistas perfuraram a superfície da camada de gelo e extraíram o núcleo da geleira, composto por muitas camadas de água congelada, que serão analisadas em laboratório. O núcleo das geleiras proporciona aos cientistas todos os tipos de informações sobre a idade do gelo e o momento em que derreteram cada uma de suas camadas.

Os sete núcleos que foram analisados durante a investigação apontam para o facto de que a ilha já havia derretido em 1550, e que o nível do derretimento na região aumentou desde o início dos anos 90. Atualmente, estes indicadores estão mais altos do que nunca.

Os resultados concluem que o aquecimento causado pela ação humana seja o maior fator  nas taxas de derretimento da superfície da Gronelândia.

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