EDWARD M. PIO RODA/EPA
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O grande investimento de Donald Trump era a Gronelândia, mas o antigo empreendedor imobiliário volta-se agora para o Médio Oriente — e pode até ter já nos planos uma nova gerência para o espaço. Quanto ao Canadá, a história é diferente: poderia mesmo fazer parte dos EUA… um 51º estado.
Enquanto viajava para assistir à Super Bowl, Donald Trump deixou ao jornalistas mais alguns comentários sobre os planos que tem para a faixa de Gaza.
Depois de, na semana passada, ter reunido com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o presidente norte-americano declarara que os seus planos para Gaza passavam por ocupar o lugar e criar uma “riviera” com “um desenvolvimento económico”.
Mais tarde, declarou ainda, ideia sustentada por Israel, que o seu objetivo era expulsar os palestinianos de Gaza. O objetivo? “Simplesmente limpar” o enclave, para que possa ser desenvolvido de raiz.
Aliás, na semana passada Netanyahu chegou mesmo a uma conclusão, em tom jocoso: porque não criar um Estado da Palestina… na Arábia Saudita, sugeriu.
Agora, Trump vai mais além: quer comprar a faixa de Gaza, e dá-la a outros países para que a reconstruam.
Garante estar “comprometido em comprar e possuir” a Faixa de Gaza, embora tenha convidado outros países da região a reconstruir o enclave palestiniano.
De acordo com a CNN, Trump apelidou Gaza de “grande terreno imobiliário“, mas um “local de demolição” que seria, sob posse dos EUA, “nivelado” e “arranjado”.
“Quanto à reconstrução, podemos dá-la a outros Estados do Médio Oriente para construírem partes”, disse o republicano aos jornalistas, no interior do avião presidencial, citado pela Lusa.
“Outras pessoas podem fazê-lo sob os nossos auspícios, mas estamos empenhados em possuí-la, tomá-la e garantir que o Hamas não a reocupa”, acrescentou Trump.
Pouco depois, o Hamas condenou as declarações do Presidente norte-americano, “que refletem uma profunda ignorância sobre a Palestina e a região. Gaza não é uma propriedade que possa ser comprada e vendida, é parte integrante da nossa terra palestiniana ocupada”, disse Izat al-Rishq, dirigente da ala política do Hamas.
Num comunicado divulgado pelo jornal ‘Filastín’, ligado ao movimento islamita, Al-Rishq salientou que a Faixa de Gaza “pertence ao seu povo e não o abandonará”.
A única forma de os palestinianos abandonarem voluntariamente o enclave é se puderem regressar às casas nas cidades e vilas que Israel ocupou em 1948, acrescentou o dirigente.
“Tratar a questão palestiniana com a mentalidade de um agente imobiliário é uma receita para o fracasso, e o nosso povo vai frustrar todos os planos de deslocação e deportação”, disse Al-Rishq.
Também no domingo, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se opôs ao plano e afirmou que Ninguém tem o poder de expulsar o povo de Gaza da sua terra natal eterna, que existe há milhares de anos”, declarou. “Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental pertencem aos palestinianos”.
O 51º estado… maior que todos os outros juntos
Donald Trump fez carreira como investidor há várias décadas. Foi detentor de propriedades de luxo dos EUA, da icónica Trump Tower, de resorts… a lista é incontável, e enquanto presidente dos EUA o “bichinho” do imobiliário não parece ter desaparecido.
Para além do interesse já expresso em comprar a Gronelândia à Dinamarca, território onde os EUA já possuem uma base militar e que é cobiçado pelos recursos naturais que lá existem, volta-se também, nos últimos tempos, para o Canadá. Mas, quanto a este país, é um pouco menos subtil: quer mesmo anexar o território (como aliás já sugeriu também fazer com a Gronelândia).
“Penso que o Canadá estaria muito melhor se fosse o 51º Estado, porque perdemos 200 mil milhões de dólares por ano com o Canadá. E eu não vou deixar que isso aconteça”, disse esta semana, citado pela Time. “Porque é que estamos a pagar 200 mil milhões de dólares por ano, essencialmente um subsídio ao Canadá?”, questionou.
Justin Trudeau, o primeiro-ministro canadiano, disse na sexta-feira que a conversa sobre o 51º estado era “uma coisa real” e ligada ao desejo de acesso aos recursos naturais do país.
“O Sr. Trump tem em mente que a maneira mais fácil de o fazer é absorver o nosso país e isso é uma coisa real”, disse Trudeau, de acordo com a CBC, a emissora pública do Canadá. “Eles estão muito conscientes dos nossos recursos, do que temos, e querem muito poder beneficiar deles”.
Curiosamente, se Trump expandisse de facto o seu território, ocupando o Canadá, mais do que duplicaria a área atual dos EUA.
De facto, o Canadá possui 9.99 milhões de km². Os EUA têm 9.15 milhões de km2. Ou seja, Trump volta-se para uma área maior do que a dos 50 atuais estados norte-americanos.
Já a Gronelândia, tem 2.17 milhões de km2. A somarem-se estes 3 territórios que o antigo empreendedor imobiliário gostaria de ter na sua posse, os EUA somariam uns incríveis 21.30 milhões de km2 — um território mais extenso do que o do maior país do mundo, a Rússia, com uns “meros” 17 milhões de km2 .
Grande parte dos idiotas percebe que ele não vai fazer estas coisas, só está a negociar, julgo eu até que está a “meter nojo” à sua oposição “cancerosa”.
É, “digamos”, o “maluco” no qual mais de metade dos americanos votaram. Aguentem, lefties!
O Canada não está disposto a ceder à voracidade de Trump relativamente aos seus recursos naturais! Mas, ironicamente há uma grande empresa canadiana pronta a investir nas minas de lítio, no Barroso, em Portugal , ajudando, dessa forma, a pôr em risco a vida daquelas populações, cujo território foi considerado , pela FAO , Património Agro Pastoril Mundial, com características únicas tal como foi mostrado, ontem, numa reportagem transmitida pela SIC no jornal da noite. Afinal qual é a posição do Canada? Preservar os seus recursos enquanto explora a qualquer preço os dos mais pobres?
OH ! MARIA – Nada vai acontecer aos filhos da COROA tanto CANADÁ como os ESTADOS UNIDOS são irmãos de sangue , vizinhos amigos e solidários Acontece, que o CANADÁ abriga um grupo bastante significativo de franceses – A PROVINCIA de QUEBEC – e, como sabemos os seus descendentes costumam reivindicar a independência . O atual governo do Justin TRUDEAU não deixa de alimentar por ” trás das portas ” essa queixa de dependência dos ESTADOS UNDOS . É um jogo de empurra-empurra , mas , no fim, se chega-se ao bons termos e volta “tudo como antes como no Quartel de Abrantes ” É o que pensa joaoluizgondiimaguiargondim – [email protected]