O animal pode ter comido uma ave infectada com o vírus, mas também pode ter sido exposto de outra forma desconhecida.
No último mês de dezembro, um urso-polar morreu de gripe aviária, um caso inédito anunciado pela Division of Environmental Health, autoridade do Alasca. Segundo o comunicado, o animal foi atingido especificamente pela variante EA H5N1.
“Este é o primeiro caso de urso polar relatado, em qualquer lugar”, disse o veterinário estadual do Alasca, Bob Gerlach, em comunicado.
O urso-polar — considerado uma espécie ameaçada — pode ter comido uma ave infectada com o vírus, mas também pode ter sido exposto de outra forma desconhecida.
“Se uma ave morrer devido a isto, especialmente se for mantida num ambiente frio, o vírus pode ser mantido no ambiente durante algum tempo”, completou Gerlach.
O urso foi encontrado morto perto de Utqiagvik, a comunidade mais ao norte do país. De acordo com as autoridades, foi necessário um processo que exigiu amostras e estudo pelo North Slope Borough Department of Wildlife Management e outras agências para confirmar a gripe aviária como a causa da morte.
A influenza aviária é definida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária como “uma doença de distribuição mundial, com ciclos pandémicos ao longo dos anos, e com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas”.
“Os vírus de influenza tipo A apresentam alta capacidade de mutação e consequentemente de adaptação a novos hospedeiros. A adaptação dos vírus de influenza aviária ao homem já foi responsável por uma alta taxa de letalidade, e a possibilidade de transmissão desses vírus entre os seres humanos pode representar um alto risco para a população mundial”, diz o Ministério.
Ainda no último mês de maio, o Brasil declarou estado de emergência zoossanitária por causa da doença. Já em outubro, a gripe aviária chegou pela primeira vez à Antártida.
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