Aulas começaram, greves também. “Mas não aceitamos greves à la carte”

8

Mário Cruz / Lusa

Semana de greve convocada pelo STOP. Confederação de Pais deixa aviso logo no início do ano lectivo.

O ano lectivo passado foi repleto de divergências entre professores, sindicatos e Governo, com paralisações e consequências para os alunos. Este ano lectivo começou há poucos dias e já há uma greve.

Nesta segunda-feira começou uma greve convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP). Abrange professores e outros funcionários das escolas.

O STOP insiste na recuperação do tempo de serviço e alega que há muitas injustiças no sector da educação.

As aulas, ou já começaram, ou começariam precisamente nesta segunda-feira para 1.3 milhões de alunos – mas muitos nem entraram na escola nesta manhã, que estava fechada por causa da paralisação. Não foram pedidos serviços mínimos.

A greve dura uma semana, vai prolongar-se até à próxima sexta-feira, dia 22 de Setembro.

Para Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, esta vai ser uma “semana de teste”. Mas sublinha: as escolas precisam de “paz”.

Já na semana passada, na terça-feira, começou uma greve ao sobretrabalho, às horas extraordinárias e à componente não lectiva; foi convocada pela plataforma de nove organizações sindicais que inclui a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE).

A Confederação Nacional de Pais já avisou: não vai admitir “greves à la carte”.

“Não podemos aceitar mais um ano lectivo assim. Deixei claro a posição dos pais, em reuniões com dirigentes de várias associações”, disse Mariana Carvalho, presidente da Confederação Nacional de Pais.

“Quero acreditar que os alunos vão ser recebidos da forma que merecem”, continua a responsável, no Jornal de Notícias, lembrando que há outras formas de protesto.

Mário Nogueira, líder da federação de professores, assegurou que “não vai marcar greves por atacado” – mas lembra que as principais reivindicações dos docentes continuam por cumprir.

ZAP //

8 Comments

  1. É preciso obrigar os funcionários do Ensino Público (Primário, Básico, Secundário, e Universitário) desde o topo até à base da cadeia hierárquica (Professores, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais, e outros) a declarar se pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de cessar o seu vínculo laboral com o Estado e sair, devendo igualmente ser implementados os despedimentos, e proibidos os sindicatos e toda e qualquer actividade sindical na Função Pública.

  2. Não vai admitir “greves à la carte”…. Fiquei preocupado! ,… pensei que quem tinha dito isto, tinha sido o ministro…. Aliás não se consegue resolver, em tão pouco tempo, um problema que tem 50 anos!

  3. Até porque este governo está há 8 anos no governo e nada fez. E 8 anos em 50 não é assim tão pouco tempo quanto isso. O problema é que este governo continua a atuar como no primeiro dia de 2015, isto é, a procurar culpabilizar quem esteve antes. Mas, este discurso já não cola. Os problemas do país são o resultado de um governo incapaz, constituído por gente menor sem qualquer visão ou capacidade de empreender. O pior governo da história de Portugal.

  4. Enfim Venham trabalhar como escriturários para o privado e depois já não faziam greves.
    Já marcaram 1 para o dia 6 de Outubro que é uma sexta-feira- quinta é feriado e mete-se o fim de semana
    Mini férias……Tenham vergonha Sras Professoras/Srs Professores

  5. O direito á greve todos nós o temos, independentemente de perturbar a vida das outras pessoas.
    Só lamento que quem trabalha no privado tem consequências graves já há décadas. No setor publico começaram a ter há uns anos a esta parte. começaram a caça ás bruxas no tempo do JS e continua com este governo.
    Quem tem de resolver o problema das greves no setor publico é quem governa este quintal de país. Não venham os pais ameaçar quem tem direito á greve.
    Tenham Vergonha dessa atitude, devem se virar contra os governantes que Não resolvem a situação, antes pelo contrario ainda agravam.
    Quando é greve nos transportes também é muito grave e transtorna muito mais a vida de quem trabalha. Fazem alguma coisa ? vem com ameaças? Com este tipo de atitudes cada vez menos temos democracia, mas sim fascismo, totalitarismo, enfim PIDE novamente. Pensem pela vossa cabeça e não pelo que os políticos querem.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.