Não houve acordo sobre aumentos salariais e dedicação plena. Federação Nacional dos Médicos falou sobre “um insulto a toda a classe”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mantém as greves que agendou para setembro face à falta de acordo com o Governo sobre aumentos salariais e dedicação plena, disse esta quinta-feira o secretário-geral à saída de uma reunião negocial.
Jorge Roque da Cunha referiu que, apesar de o Governo ter revisto de 1,6% para 3,1% a proposta de aumento médio salarial para os médicos de carreira, a medida continua a ser insuficiente face a uma “perda de poder de compra de 22%”.
Quanto ao novo regime de dedicação plena, o SIM considera que, apesar de a proposta do Governo ter baixado das 300 para as 250 horas extraordinárias anuais, o número de horas exigido continua a “ser excessivo” face à “carga de trabalho” que os médicos hospitalares já têm.
A próxima reunião negocial entre sindicatos e Ministério da Saúde, para a qual o SIM não perspetiva acordo, está agendada para terça-feira.
As negociações entre os sindicatos dos médicos e Governo prolongam-se desde 2022.
O SIM tem previsto até ao fim de setembro greves nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte. Até 22 de setembro continua a paralisação dos médicos de família às horas extraordinárias.
Nesta quinta-feira cumpriu-se o último e segundo dia de uma primeira greve na região Norte.
Na próxima quarta e quinta-feira o SIM realiza a primeira de duas greves na região de Lisboa e Vale do Tejo.
“Insulto”
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) considerou o “aumento transversal de 3,6%” para os médicos proposto pelo Governo “um insulto a toda a classe”, apontando ao executivo “falta de vontade política”.
A posição é expressa num comunicado após uma nova reunião negocial extraordinária que decorreu esta quinta-feira entre sindicatos dos médicos e Ministério da Saúde, e que terminou sem acordo.
No comunicado, a Fnam contesta, ainda, a proposta do Governo para o novo regime de dedicação plena que, segundo a estrutura, assenta em “critérios economicistas ao invés de critérios clínicos”.
“Não aceitamos que 16 meses de negociações resultem num negócio que não vai salvar as carreiras médicas ou o Serviço Nacional de Saúde”, refere a Fnam, que mantém a greve nacional agendada para 14 e 15 de novembro e a manifestação à porta do Ministério da Saúde, em Lisboa, em 14 de novembro.
As negociações entre sindicatos dos médicos e Governo foram iniciadas em 2022, mas continuam num impasse.
Uma nova reunião negocial extraordinária está marcada para terça-feira.
ZAP // Lusa
É preciso obrigar os funcionários do Serviço Nacional de Saúde (SNS), desde o topo até à base da cadeia hierárquica, a declarar se pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, devendo ser proibidos os sindicatos e actividade sindical na Função Pública (FP).
O pior “insulto” é dirigido essencialmente aos Utentes que do SNS precisam a tempo e horas . Por o que tem vindo a Publico ( e não é novidade recente) en termos de falta de atendimento causando situações mais que dramáticas , deixa-me pensar que Governo e Classe Medica , optaram por uma forma de “Seleção Natural” . Infeliz de quem perde um Familiar por falta de Assistência Médica !