Directiva aprovada no Parlamento Europeu tenta combater apresentações ambientais genéricas – e enganadoras.
O greenwashing será uma expressão desconhecida para alguns leitores, mas provavelmente já se terá cruzado com este esquema.
Esta “lavagem verde” é a promoção de um produto como “amigo do ambiente” – quando isso pode não ser bem assim.
É apresentar um produto com descrições genéricas (e enganadoras?) como “amigo do ambiente”, “ecológico”, “natural”, “biodegradável” ou “neutro em termos climáticos”, elenca o canal Euronews.
Esse fenómeno passará a ser proibido na União Europeia. Nesta semana o Parlamento Europeu proibiu o greenwashing.
Se as características anunciadas no rótulo não foram provadas, é proibido incluir essas descrições.
Há outras novidades: o uso de etiquetas de sustentabilidade passa também a ser regulado; serão proibidas as palavras “neutro” ou “positivo” em termos de emissões de carbono, se esses anúncios são baseados em esquemas de compensação de emissões.
Produtores e consumidores devem focar-se mais na durabilidade dos produtos, com informações mais visíveis no que diz respeito a garantias; e estão proibidos anúncios de durabilidade que depois não se confirmam em condições normais.
“Esta lei vai mudar a vida de todos os europeus! Vamos afastar-nos da cultura do descartável, tornar o marketing mais transparente e combater a obsolescência prematura dos produtos. As pessoas poderão escolher produtos mais duradouros, reparáveis e sustentáveis graças a rótulos e anúncios fiáveis”, reagiu a relatora da lei, Biljana Borzan.
“Mais importante ainda, as empresas deixarão de poder enganar as pessoas dizendo que as garrafas de plástico são boas porque a empresa plantou árvores algures ou dizer que algo é sustentável sem explicar como. Esta é uma grande vitória para todos nós”, comentou a eurodeputada, citada no Jornal de Negócios.
A directiva foi aprovada quase por unanimidade: 593 votos a favor, 21 contra e 14 abstenções.