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“Gravidezes não contabilizadas” e “queimaduras por radiação”. Será culpa dos OVNIs?

US Navy

OVNI avistado pela Marinha dos EUA

Uma investigação de 1.500 páginas sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) foi desclassificada a pedido da FOIA.

Os encontros com OVNIs têm, alegadamente, deixado americanos a sofrer de queimaduras por radiação, danos cerebrais e do sistema nervoso, e até mesmo “gravidezes não contabilizadas”.

Estas informações, segundo a Live Science, foram registadas numa base de dados de relatórios do governo dos EUA, recentemente tornados públicos através de um pedido da Lei da Liberdade de Informação (FOIA).

A base de dados de documentos inclui mais de 1.500 páginas de material relacionado com OVNIs, do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) — um programa secreto do Departamento de Defesa dos estados Unidos que decorreu entre 2007 e 2012.

Apesar de nunca ter sido classificado como secreto ou ultra-secreto, o AATIP só se tornou conhecido do público em 2017, quando o antigo diretor do programa, Luis Elizondo, se demitiu do Pentágono e partilhou vários vídeos (agora famosos) de uma aeronave não identificada que se deslocava de formas aparentemente impossíveis.

Pouco depois de a existência do AATIP ter sido revelada, o posto avançado dos EUA do jornal britânico The Sun apresentou um pedido FOIA para todo e qualquer documento relacionado com o programa.

Quatro anos depois — a 5 de abril de 2022 — a Agência de Inteligência da Defesa dos EUA aceitou o pedido, partilhando mais de 1.574 páginas de informação.

Segundo o The Sun, os documentos incluem relatórios sobre os efeitos biológicos dos avistamentos de OVNIs no ser humano, estudos sobre tecnologias avançadas, como capas de invisibilidade, e planos para a exploração e colonização do Espaço.

Alguns excertos dos documentos foram “retidos em parte”, por questões de privacidade e confidencialidade, esclareceu o AATIP ao The Sun.

Um dos documentos de destaque é um relatório intitulado “Anomalous Acute and Subacute Field Effects on Human and Biological Tissues” (Efeitos Anómalos Agudos e Subagudos no Campo de Tecidos Humanos e Biológicos), de março de 2010.

O relatório descreve alegadas lesões a “observadores humanos por sistemas aerospaciais avançados anómalos”, algumas das quais podem constituir uma “ameaça aos interesses dos Estados Unidos“, de acordo com o documento.

O relatório descreve 42 casos de processos médicos e 300 casos “não publicados” em que seres humanos sofreram ferimentos após alegados encontros com “veículos anómalos”, que incluem OVNIs.

Em alguns casos, as pessoas mostraram queimaduras ou outras condições relacionadas com a radiação eletromagnética, refere o relatório — alguns deles parecem ter sido infligidos por “sistemas de propulsão relacionados com a energia”.

O relatório também registou casos de lesões cerebrais, lesões nervosas, palpitações cardíacas e dores de cabeça após alegadamente verem um OVNI.

Não é claro que tipo de processo de controlo é que a AATIP utilizou para investigar estes alegados casos, se é que houve algum. O jornal britânico ainda vai partilhar o conteúdo completo dos relatórios solicitados.

O relatório inclui também uma lista de alegados efeitos biológicos dos avistamentos de OVNIs sobre observadores humanos entre 1873 e 1994, compilada pela Mutual UFO Network (MUFON) — um grupo civil sem fins lucrativos que estuda os alegados avistamentos de OVNIs.

Os efeitos relatados incluem “gravidez não contabilizada”, “rapto”, paralisia, e experiências de telepatia, teletransporte e levitação.

O relatório conclui que existem provas suficientes “para apoiar uma hipótese de que alguns sistemas avançados já existem, e não são conhecidos pelos EUA”.

Alice Carqueja, ZAP //

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