Governo quer prevenir o sexismo e o racismo com os manuais escolares

A nova estratégia nacional prevê a sensibilização das editoras dos manuais escolares e a formação dos professores, diretos e pessoal não docente.

O Governo está comprometido com a educação e formação livres de estereótipos de género, conforme as metas definidas no novo ciclo da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não-Discriminação – Portugal + Igual, aprovado em junho passado. Este plano envolve vários intervenientes, desde famílias, professores e diretores, pessoal não docente e até editoras de manuais escolares.

Uma das medidas concretas da Estratégia Portugal + Igual é sensibilizar as editoras sobre a necessidade de integrar a igualdade entre homens e mulheres e prevenir o sexismo e o racismo nos recursos educativos, especialmente nos manuais escolares.

O plano também prevê a formação contínua de pessoal docente em todos os ciclos de ensino obrigatório sobre a igualdade entre homens e mulheres e a sua transversalização no currículo, com o objetivo de garantir condições para uma educação livre de estereótipos de género, escreve o Público.

A Estratégia Nacional também inclui o desenvolvimento de projetos para desconstruir estereótipos no sistema educativo, campanhas que promovam a dessegregação na formação profissional, e a formação de diretores escolares sobre a integração da igualdade de género na gestão das escolas.

Na área de prevenção e combate à violência, a temática será ainda integrada na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, em materiais educativos, na formação de docentes e não docentes, e em ofertas extracurriculares do ensino superior. Quanto ao combate à discriminação por orientação sexual, estão previstas ações de formação para capacitar profissionais de diferentes áreas públicas.

Os novos planos foram aprovados em reunião do Conselho de Ministros, a 29 de Junho. O ciclo anterior, de 2018 a 2021, foi avaliado em 2022 e teve resultados positivos, incluindo a redução da disparidade salarial entre homens e mulheres, que agora é de 11%, abaixo dos 16% em 2015.

O gabinete do Ministro da Educação refere ao Público que “desde o início, que o Ministério da Educação [ME] tem estado sensível aos objectivos desta estratégia e desenvolve em conjunto com as escolas diversos projectos e campanhas que contribuem para a sua efectivação”.

ZAP //

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