Governo prevê crescimento económico de 3% (mas não promete descida da carga fiscal)

A preparar o orçamento de Estado para 2024, Governo acredita que “crescimento em Portugal vai ser um dos maiores da União Europeia e da OCDE.”

Previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apontam para um crescimento de 2,5%, prognósticos que, para o secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, são pouco ambiciosos.

“O crescimento em Portugal vai ser um dos maiores da União Europeia e da OCDE. Acreditamos que vamos atingir os 3%”, disse o secretário de Estado, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

Questionado sobre a existência de uma eventual margem orçamental para uma descida intercalar da carga fiscal, o secretário afirmou que “o Governo está focado na preparação do orçamento para 2024″, mas confirmou estar “a ser discutida” uma descida em 2024.

Descrevendo a situação atual como “transitória“, o secretário de Estado não deu importância ao aumento das taxas de juro, uma vez que “muitos contratos de financiamento têm taxas fixas”, explica.

Baseando-se nas previsões de estabilidade da OCDE, acompanhadas da crescente queda da inflação, o ministro prevê uma redução nas taxas a partir do próximo ano.

Reconhecendo a necessidade de recursos humanos nas empresas, o secretário confirmou também que o Governo está a trabalhar nas medidas de flexibilização dos vistos de trabalho para os PALOP.

“O Governo tomou há pouco tempo uma medida de flexibilização dos vistos de trabalho para os países de língua oficial portuguesa. Essa medida reforça outras, como o ‘Tech Visa’, que já permitiu atrair vários milhares de trabalhadores altamente qualificados, ou o Startup ‘Visa’, disse.

Com vista a integração de imigrantes no mercado de trabalho, Cilínio falou em programas de formação e de acolhimento” como forma de inclusão.

“Estamos a trabalhar com a ministra dos Assuntos Parlamentares na criação de um centro de acolhimento que integra uma vertente de formação, requalificação e colocação desses recursos humanos nas empresas”, concluiu.