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Governo investe 30 milhões em novo centro de engenharia oceânica no Porto

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O InescTec.Ocean é o primeiro centro português deste tipo e e quer apostar na economia azul já em 2025.

O novo centro de investigação que vai nascer no próximo ano no Porto é o sexto programa português a ser financiado pelo programa europeu Horizonte Europa, através do concurso Teaming for Excellence., avança o Público.

O InescTec, criador do projeto, vai contar, assim, com o apoio de 15 milhões de euros desse fundo, que terão de ser igualados com outros 15 milhões de apoio do Estado português.

O objetivo do centro é apostar no setor oceânico, não tanto na parte de investigação quanto no aumento indicadores do país na engenharia oceânica, como o número de doutorados ou de empresas criadas nestes sectores.

Portugal detém 1,7 milhões de quilómetros quadrados de zona económica exclusiva, o que se traduz na terceira maior área da Europa, e que representa 95% do território sob jurisdição portuguesa.

O ex-presidente do Inesc Tec José Manuel Mendonça, explica ao Público que “o nosso território dispõe de condições privilegiadas para o desenvolvimento da economia azul e agora vai poder contar com um centro de excelência que visa, através da investigação e da engenharia oceânica, alavancar todo este potencial”.

Diana Viegas, investigadora do instituto, conta ao Público que nos dois primeiros anos o trabalho do centro vai incidir no mercado da energia offshore – quer no das ondas, como no solar ou no eólico.

“Há poucas empresas, sabe-se pouco, a regulamentação baseia-se na que existe do petróleo e gás, o que pode não ser adaptável. E há uma necessidade de evolução do ponto de vista tecnológico: é difícil ter humanos a operar no oceano, por isso é importante ter sistemas autónomos permanentes e geração de energia e infraestruturas que resistam às condições adversas do mar”, diz Viegas.

Mais tarde, diz a investigadora, “à medida que utilizamos mais o mar, vai haver mais necessidade de o monitorizar”, o que vai fomentar a aposta noutras áreas emergentes como a aquacultura offshore.

O concurso Teaming for Excellence exige uma parceria de um instituto de um país em que o desempenho científico está abaixo da média europeia (Portugal) com um instituto de investigação de excelência de outro país, que neste caso será o norueguês SINTEF Ocean. Em 2025, o Porto já vai ter novidades da engenharia oceânica, que quer apostar em força na economia azul.

ZAP //

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1 Comment

  1. No Porto?
    Não ficava melhor na Madeira ou nos Açores que é onde estão as grandes áreas oceânicas da ZEE portuguesa? Mais uma treta e sempre mais para os mesmos!

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